Com grande importância na história do ensino público, a Escola Estadual São Paulo ainda reverbera histórias vividas pelos ex-alunos. Fundada em 1894, foi a primeira instituição pública estadual voltada ao Ensino Médio, e já ocupou diversas instalações, como o edifício da Pinacoteca do Estado. Atualmente, está instalada na Rua da Figueira, no centro da capital paulista.
A ex-aluna Eliana Nazawa, da Associação dos Ex-alunos do Colégio Estadual São Paulo (AEACESP), que estudou de 1971 até 1977, tenta manter acesa todas as histórias ocorridas na unidade escolar, por meio de atividades e ações realizadas pelos próprios ex-alunos. “Se a gestão da escola nos pede alguma orientação, nós colaboramos com atividades pedagógicas e de apoio, além da parte administrativa”.
O ex-aluno Nelson Kawakami, de 60 anos, diz que pretende retribuir tudo que o colégio fez por ele. “Foi um lugar que contribuiu muito para mim, que ofereceu suporte à minha formação, e hoje tento ajudar com a criação de atividades culturais, por meio da associação de ex-alunos”, explica.
Resgate de lembranças
Durante um reencontro realizado pelos ex-alunos, foi possível identificar que todos compartilham do mesmo sentimento pela escola. Eles sentem gratidão por todo o apoio da unidade escolar na formação de cada um.
Segundo Eliana, era necessário realizar um exame de admissão para ingressar na escola. “Só entravam aqueles alunos que tiravam as melhores notas. O processo era muito disputado. Eu tenho orgulho de ter estudado nesta escola”, conta.
Para Nelson, pisar novamente dentro da escola, que estudou de 1966 até 1972, é resgatar na memória boas lembranças. “Meu pai ficou muito contente quando ingressei no colégio mais antigo de São Paulo”, compartilha.
“Desenvolvi o amor pelos livros”. É assim que a ex-aluna Maricy Montenegro, de 57 anos, resume a escola que estudou de 1969 até 1975. O sentimento é tão forte que ela decidiu guardar a maioria dos livros de português. “Eu gostava tanto dos textos literários que estudávamos nos livros que tenho até hoje”, conta.
Na escola, diversas atividades eram realizadas, como coral, jogos da Primavera, com times de vôlei, handebol e futsal. A ex-aluna Mônica Denise Carli, que estudou entre 1973 até 1979, participava do coral. “O que mais me marcou foi o espírito de equipe que todos os professores procuravam despertar nos alunos. No coral, aprendemos que uma voz sozinha, por mais bonita que fosse, não seria capaz de reproduzir as diferentes vozes que se uniam para cantar uma canção popular”, conta.
Mônica Carli também integra o quadro de ex-alunos da associação.”Somos formiguinhas, mas juntos, podemos fazer grandes conquistas na escola”, conta.