Nesta segunda-feira (29), seis estudantes das Escolas Estaduais Profº Octacilio de Carvalho Lopes, Profª Maria Ferraz de Campos e Dep. Manoel de Nóbrega, todas na Zona Leste, participaram da última visita técnica às obras do Museu do Ipiranga, antes da reinauguração em 7 de setembro. O evento contou com a participação do Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e do Secretário Estadual da Educação, Hubert Alquéres.
Há nove anos fechado para reformas, o Museu do Ipiranga volta a funcionar no ano histórico do Bicentenário da Independência e poder ter uma prévia foi motivo de comemoração entre os estudantes que nunca haviam visitado o local.
“O Museu do Ipiranga é, sem dúvida alguma, um local onde a Educação é fomentada. Trouxemos esses alunos aqui hoje justamente para mostrar que eles podem vir e conhecer mais da nossa história, que é tão rica. Não posso deixar de parabenizar o nosso Governador por fazer essa reabertura possível”, afirma o professor Hubert.
O estudante Nicollas Oliveira dos Santos destaca a importância do momento para a turma. “A expectativa para conhecer esse museu era muito grande. Foi sobrenatural eu ter sido o responsável por trazer esse pessoal para o Museu do Ipiranga, que nós só tínhamos ouvido falar”, conta o aluno. “Foi uma experiência incrível. Eu nunca tinha escutado falar do museu. Foi maravilhoso olhar a complexidade estrutural, os quadros que estavam lá e acompanhar as representações públicas no dia de hoje”, complementa seu colega, César Henrique Lima Câmara Correa.
Já para a aluna Millena Beatriz Borba de Lira, a ida aos espaços do museu trouxe outras reflexões. “Se a gente for pensar isso há 200 anos, é possível reparar que, entre todas as fotos, têm apenas um quadro de mulher e nenhuma pessoa preta. É importante trazer a mulher cada vez neste centro. Foi incrível a gente ter a oportunidade de chegar aqui e representar muitas outras garotas que estão na vida estudantil”, afirma.
“Como estudantes da zona leste vir para cá é uma representatividade muito grande para os estudantes. O museu supre toda e qualquer expectativa sobre a reforma, porque são muitos detalhes em cada escultura, obra e todo o cuidado com sua restauração. As histórias que são contadas aqui dentro trazem para a nossa geração, para gerações de outros tempos e as que ainda virão, o trajeto que a gente (estudante) teve pelas lutas de nossos direitos e diversos recursos que nós temos hoje em dia”, conta a estudante Aline Spano.
Os mais novos do grupo, estudantes do ensino fundamental, Davi Le Senechal Bueno e Miguel de Almeida Barão, também puderam aproveitar o momento. “Quanto mais museus os jovens puderem ir, mais fomento ao conhecimento teremos”, avalia Miguel. Davi garante que deve convidar outros amigos: “vou repassar aos meus colegas que não estiveram hoje todo o aprendizado e as vivências que tive, principalmente para que saibam que podem ocupar esse espaço”, encerra o aluno.
