“O intuito é produzir a pomada e vendê-la para a população com um custo baixo, para que seja acessível a todos”, explica Camila Agone, aluna da E.E. Jardim Riviera, em Santo André. A jovem conta animada sobre seu projeto de pomoda cicatrizante, apresentado na I Feira de Ciências do Ensino Integral, e deixa claro que a pesquisa que produziu para o evento pode transformar seu futuro. “Eu pretendo ser farmacêutica, uma área que tem ligação com meu projeto”, conta.
Assim como Camila, outros 400 jovens de 47 escolas do novo modelo de tempo integral participaram do evento, que foi marcado pelo protagonismo juvenil e pelo empreendedorismo dos alunos pesquisadores. “Essa feira garante a autonomia dos jovens, a capacidade de iniciativa, de empreendedorismo, além de valorizar o projeto de vida de cada um dos alunos”, comenta Leandro Benetti, coordenador de ensino integral do Instituto Natura, uma das empresas que estiveram envolvidas na realização da Feira de Ciências.
Os 151 trabalhos apresentados no evento foram desenvolvidos no decorrer do ano letivo, durante as disciplinas eletivas, em grupos formados por três alunos e sempre com a ajuda de um professor orientador.
O projeto vencedor e grande destaque da feira foi o “Sinal Verde”, desenvolvido pelos alunos Ítalo Fernandes Ferraz, Lucas de Jesus Borges e Cindy Carolini de Lima, da E.E Ilza Irma Moeller Coppio, em São José dos Campos. O projeto prevê que os veículos, ao passarem por lombadas gerem energia para os semáforos, o que os manteria ligados em caso de falta de energia.
Os alunos cientistas conquistaram o 1º lugar na categoria engenharia, garantiram presença na Mostra Paulista (MOP), além do 2º lugar na premiação especial, que listou os três projetos que receberam a mais alta pontuação pelos avaliadores. Os jovens ainda receberam o grande prêmio, que é a participação na Genius Olympiad, em Nova Iorque, onde 60 países apresentarão projetos de pré-iniciação científica.
Para chegar nesse resultado, os 65 avaliadores visitaram os stands da feira com base nos critérios de avaliação, que foram criatividade, inovação, metodologia cientifica, clareza na apresentação, conhecimento dos alunos sobre o trabalho, qualidade do pôster apresentado, além do entusiasmo e envolvimento dos alunos cientistas, e puderam escolher os 24 melhores trabalhos do evento. Confira a lista com todos os vencedores aqui.
Feira de Ciências
A feira estava dividida por categorias como saúde, meio ambiente, energia e novas tecnologias, humanas, engenharia de materiais e exatas e química. No total, 24 trabalhos foram premiados e, destes, 18 participarão da Mostra Paulista (MOP), três terão o trabalho publicado na Revista InCiência, dois estarão presentes na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRAC), que acontece na Universidade de São Paulo (USP) em 2014, outros dois participarão da Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no Rio Grande do Sul e o grupo vencedor irá para Nova Iorque representar o Brasil em uma feira de pré-iniciação científica.
