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segunda-feira, 04/01/2016
Pais e Alunos

Pra inglês ver! Confira a origem das principais expressões populares brasileiras

Educação selecionou dez das principais expressões utilizadas diariamente pelas pessoas

Elas estão na boca de todos e presentes em nosso dia-a-dia. Seja no trabalho, em casa ou em qualquer lugar do planeta, as expressões e provérbios populares estão presentes e já fazem parte do vocabulário coletivo. Pensando nisso, o Portal da Educação selecionou uma lista com dez expressões famosas que o brasileiro está acostumado a dizer diariamente para explicar sua origem e significado. Confira:

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Pra inglês ver: essa famosa expressão tem como significado fingir que fez algo ou fazer mal feito. Ela surgiu na primeira metade do século 19, quando a Inglaterra, por interesses econômicos, tentou abolir a escravidão no mundo. Em sua lista, estava o Brasil, que tinha nos escravos a base de sua economia. Para enganar a potência, o Império colocava navios no litoral com a suposta missão de ir atrás das naus negreiras. Entretanto, na prática, nada acontecia a elas. Era uma encenação “para inglês ver”.

Pagar o pato: essa expressão é usada para dizer que uma pessoa foi enganada ou que vai arcar com as consequências de algum ato deliberado. Reza a lenda que ela surgiu num conto do italiano Giovani Bracciolini, no qual um camponês vende um pato a uma mulher em troca de sexo. O rapaz, insaciável, quer mais, mas ela se nega. Aí chega seu marido, perguntando qual o motivo da discussão. Para escapar, o camponês diz que faltam 2 vinténs para completar o pagamento. Preocupado com o jantar, o marido literalmente paga o pato.

Bicho de sete cabeças: é muito usada para adjetivar um problema sério que precisa ser resolvido. A expressão vem da história mitológica dos 12 trabalhos incubidos a Hércules. Um deles, era matar Hidra, uma serpente de sete cabeças que ficava em Lerna, um pântano da Grécia.

Bode expiatório: expressão caraterizada para definir uma pessoa que leva a culpa de algo que não fez. Existem duas teorias para este nome. A primeira, vem do Yom Kipur, ou Dia da Expiação, um ritual da tradição judaica em que acreditava-se que uma boa forma de se livrar dos pecados consistia em depositá-los, simbolicamente, em um bode, que depois era abandonado à própria sorte para morrer no deserto. Assim, todos estariam livres dos maus agouros.

Já a segunda teoria fala que eram usados dois bodes, que eram sacrificados de diferentes maneiras.

A cobra vai fumar: usada para definir algum grande acontecimento que está para acontecer. Surgiu a partir do uniforme da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou na 2ª Guerra Mundial na Europa. Na farda, havia o símbolo de uma cobra verde fumando um cachimbo.

Puxa-saco ou puxasaquismo: o termo serve para definir alguma pessoa bajuladora, que se aproxima de outra por algum interesse. Foi criado como um apelido aos militares que, durante as viagens, carregavam os sacos de roupa de seus superiores.

Pão duro: surgiu de uma peça teatral de Amaral Gurgel, baseada em um morador de rua que viveu no Rio de Janeiro no início do século 20. A história conta que o suposto homem abordava as pessoas pedindo qualquer coisa, até mesmo um pedação de pão duro. Entretanto, quando o personagem morreu, descobriram que o homem acumulava um grande patrimônio, com contas em bancos e até imóveis.

Ao Deus dará: significa dizer que a pessoa está entregue à própria sorte em determinada situação de dificuldade. Diz a lenda que começou Manuel Álvares, comerciante que ajudava no abastecimento de soldados na Recife do século 17.

Blá-blá-blá: este termo certamente você já vivenciou. Quem nunca participou daquelas conversas desestimulantes, que não vão a lugar algum? Pois bem, surgiu a partir da língua francesa, no qual “blablabla” é uma onomatopeia (palavra que tenta imitar um som) influenciada pelo verbo “blaguer”, que significa dizer coisas ridículas.

Botar a mão no fogo: significa confiança grande em uma pessoa. Surgiu na Idade Média, no qual uma das formas de testar a inocência de uma pessoa acusada por algum tipo de crime, era fazê-la segurar uma barra de ferro em brasa. Se não acontecesse nada, ela estaria livre e inocentada. E você, por quem botaria sua mão no fogo?