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terça-feira, 28/06/2005
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Quase cinco mil escolas estaduais já têm laboratórios de informática

Projeto da Secretaria da Educação prevê ligar 100%das escolas ao mundo digital até o fim do ano A inclusão digital de alunos e professores da rede estadual paulista chegou a […]

Projeto da Secretaria da Educação prevê ligar 100%das escolas ao mundo digital até o fim do ano

A inclusão digital de alunos e professores da rede estadual paulista chegou a 84% das escolas no mês de junho. Até o final do ano, o programa de informatização atingirá todas as 5.786 escolas, alcançando a marca de 100%. Além dos laboratórios, o programa de informatização desenvolvido pela Secretaria de Educação prevê cursos em diferentes níveis para professores e alunos. “O computador na escola não é um fim, é um meio”, afirma o secretário da Educação, Gabriel Chalita, destacando que embora seja uma excelente ferramenta, “não substitui o professor”.

Nos laboratórios de informática, os estudantes não só aprendem a usar o computador, mas têm à disposição softwares de reforço nas disciplinas de Matemática e Português. Navegam e pesquisam diferentes temas na internet, participam de chats e acessam áreas dedicada aos jovens no site da própria Secretaria da Educação. Paralelamente, há capacitação de informática para professores e a possibilidade dos laboratórios serem utilizados para que os educadores possam pesquisar e criar projetos inovadores.

Para muitos, o computador da escola é o primeiro contato com o mundo da tecnologia.

Na Escola Estadual Professor Edgard Pimentel Resende, na Brasilândia, os professores têm aproveitado bastante a nova ferramenta. Em Língua Portuguesa, os alunos desenvolveram um projeto de criação de jornais. Em Biologia, foi realizado um trabalho com insetos utilizando um microscópio eletrônico. Fora do horário das aulas, os alunos usam os dez computadores com acesso rápido à internet para fazer pesquisas escolares, elaborar currículos, preencher fichas de inscrição em vestibulares ou simplesmente navegar na rede mundial de computadores.

Aluna da 3ª série do Ensino Médio, Pamela Caroline da Silva, de 17 anos, diz que os alunos passaram a valorizar mais a escola depois da implantação da sala de informática. “Estudo de manhã e venho todos os dias à tarde para usar o computador”, diz Pamela, que pretende cursar Direito. “Faço pesquisas, entro no meu e-mail e preencho fichas de emprego”.

Professora de matemática da Escola Estadual Maria Eugênia Martins, no Jaguaré, Cleide de Carvalho Souza afirma que o computador seduz os alunos e ajuda a mostrar que a Matemática não é nenhum bicho de sete cabeças. “Em pouco tempo percebi uma melhora no desempenho da turma.”

Na Escola Estadual Senador Adolfo Gordo o laboratório tem sido utilizado para o Trilha de Letras , programa de reforço escolar que usa games lúdicos para suprir deficiências de escrita e compreensão de texto com alunos das 5ª e 6ª séries. “As aulas no laboratório têm ajudado bastante. Percebi uma melhora na escrita, na compreensão de texto e até mesmo no interesse pela língua portuguesa”, comemora a professora Claudia Maria Pena. “Mas o que mais me impressionou foi como melhorou a disciplina.”

As atividades desenvolvidas nos laboratórios de informática contam com o apoio do programa Aluno Monitor , que prepara alunos para auxiliar professores e outros alunos. Fora do horário das aulas, eles ajudam os colegas a utilizar os computadores, pesquisar na internet, gravar arquivos em disquetes, elaborar currículos ou simplesmente encontrar amigos em salas de bate-papo. Pedro Augusto Silva tem apenas 15 anos e já é um monitor. Entusiasmado, ele vai à escola diariamente fora do horário das aulas para usar o computador e orientar os colegas. “Não é difícil aprender, é só ter força de vontade.”

Os laboratórios de informática também podem ser utilizados pela comunidade nos fins semana, quando o programa Escola da Família entra em ação. Os computadores somam-se às diversas atividades culturais, esportivas, de qualificação para o trabalho e de saúde promovidas pelo Escola da Família em todas as escolas da Capital e do Interior. E os internautas da comunidade também têm a orientação dos monitores.

Aso 11 anos, o aluno da 5ª série Lucas Freitas mostra como a tecnologia está motivando a sua classe. “Queria que todas as aulas fossem na sala de informática. É mais fácil aprender com o computador. E muito mais legal”.