Aos poucos a sala de aula da E.E. Antonio José de Sucre, na zona leste da capital paulista, se torna uma cozinha. Nas mesas, os cadernos e livros são trocados por pratos e talheres.
Os estudantes ocupam seus lugares e começam a acrescentar ao uniforme da escola acessórios que os deixam semelhantes a pequenos chefes de cozinha. E, não é apenas a aparência. Na aula da educadora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Ivanira Aquino, os alunos fazem diversas receitas a partir do aprendizado de conceitos matemáticos.
A forma lúdica de passar o conhecimento foi a alternativa encontrada pela professora para atrair a atenção dos alunos, aumentar o interesse e melhorar os índices de aprendizado. “Eles são crianças. Eles querem brincar”, explica Ivanira.
Na “aula do lanchinho”, Ivanira ensina soma, subtração, divisão e propõe leituras individuais ou coletivas para os alunos conhecerem o modo de preparo de cada refeição.
Depois de entender a receita chega a hora de colocar a mão na massa. Vestida com touca e avental, Gabriela Sales da Silva, aluna do 3º Ano do Ensino Fundamental, faz o seu próprio sanduíche com as dicas da professora. “Aprendi que dá para contar com a comida. Dá para contar quantas fatias você vai cortar, contar o peso, contar o preço. Aqui eu senti que minha imaginação estava voando porque eu fazia tudo o que eu queria com o meu sanduíche”.
Outro eixo do projeto é o acompanhamento do peso e altura das crianças. A responsável por essa etapa é a professora de educação física Ivani Nogueira. “Aqui nós acompanhamos quais alunos estão dentro ou fora do peso”, diz Ivani.
