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terça-feira, 27/03/2018
Boas Práticas

Ações de combate aos conflitos fazem da Educação uma rede mais forte

A prática garante ambiente saudável e eleva aprendizado dos estudantes nas escolas estaduais

A boa convivência possibilita melhor concentração dentro da sala de aula, nos estudos, e também maior possibilidade de bons encontros. As perseguições espontâneas, ou bullying,  são práticas combatidas dentro das unidades escolares da rede estadual paulista. Projetos desenvolvidos pelos Grêmios Estudantis, equipes pedagógicas e grupos de voluntários têm transformado os relacionamentos dentro da comunidade escolar e criado ambientes mais saudáveis.

Na E.E. Educador Pedro Cia, localizada na cidade de Santo André, 44 alunos formaram o Clube do Voluntariado e realizam vistas e campanhas solidárias para asilos e orfanatos. A diretora Cleide Mara Dalla Torres explica que a empatia e o cuidado com o próximo são ensinados primeiro dentro da sala de aula. “Nós orientamos os jovens a se respeitarem e a colaborarem uns com os outros. Depois que essa sensibilidade é aguçada expandimos as ações para fora dos muros da escola”, conta a diretora.

Na E. E. Maria Aparecida Sales Manreza, em Pedregulho, a solução foi integrar os jovens por meio de rodas de conversa. Nos encontros, liderados pelo Grêmio Estudantil, os alunos apresentam as principais questões de convivência percebidas durante as aulas e planejam ações para resolvê-las.

Dessa experiência nasceu o “Projeto da Paz” que incentiva a interação com os colegas mais retraídos, e também o hábito de sempre procurar os professores  para conversar quando um problema surge. O trabalho tem tido excelentes resultados e ajudado a amenizar o bullying, além de diminuir a taxa de evasão na unidade.

O número de conflitos entre estudantes estava a cada dia maior na E. E. Professor Sergio Murilo Raduan. Foi então que os profissionais da educação decidiram intervir. “Nós, professores, direção da escola e demais funcionários percebemos os conflitos existentes dentro da unidade e, então, iniciamos o trabalho de combate ao bullying”, conta o professor Joel Teles Bertin Filho.

Joel é responsável por ministrar palestras e gerir os conflitos na unidade escolar. “Eu acho que as aulas do professor Joel nos ajudam bastante, porque conscientiza quem pratica o bullying, além de ser suporte para quem sofre perseguição”, acredita a aluna Sabrina Santos Pires.

Guia Prático de Mediação de conflito

Em março, o Sistema de Proteção Escolar – SPEC divulgou o documento “Diálogos e Práticas Restaurativas nas Escolas – Guia Prático para Educadores”. O material visa contribuir com os vice-diretores e professores mediadores no planejamento e desenvolvimento das ações nas escolas.

O documento foi escrito pelo Dr. Antonio Carlos Ozório Nunes, Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, que há alguns anos tem se dedicado também à formação e divulgação de práticas restaurativas para os educadores.

Para ele, o documento “irá ajudar o educador a gerenciar melhor os conflitos que ocorrem na escola”, explica Dr. Ozório.