Estudantes da Educação de Jovens e adultos (EJA) ficaram encantados com a aula em forma de passeio
Passear é bom, estudar é importante, aprender é essencial. E se tudo isso acontecer ao mesmo tempo? Para os alunos do 3º ano do ensino médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Profº Waldemar da Silva Rigotto, em Guarujá, litoral de São Paulo, a chance de unir de uma só vez passeio, estudo e aprendizado veio com o Projeto Semana de Arte Moderna, criado pelo professor de língua portuguesa Sergio Manoel Rodrigues. Na última terça-feira, dia 6, o grupo formado por cinqüenta alunos com idades entre 25 e 60 anos conheceu de perto os trabalhos expostos na 10ª Bienal Nacional de Artes Visuais de Santos.
Objetivo
O professor quis mostrar aos alunos as tendências contemporâneas da arte, e mais: que a literatura moderna foi influenciada pelos movimentos artísticos do início do século XX. “Essa aula ‘ diferente ‘ mostrou que a arte é viva e não apenas uma imagem do livro didático ou algo distante da realidade deles. Com certeza, os alunos vão compreender melhor o projeto”, explica Sergio.
E não é que a intenção do professor surtiu efeito? “Gostei de ter ido pela primeira vez à Bienal. Achei muitas coisas interessantes, como por exemplo as obras ‘ Tartarugas no Céu’ , ‘ Coluna Vertebral’ e ‘ Morro do Pacheco ‘“, orgulha-se o corretor de imóveis José Rinaldo, 50 anos, aluno do 3º TA.
Surpresas e descobertas
A caminhada monitorada por guias especializados pelo prédio do Teatro Municipal de Santos, onde está a Bienal, encantou a estudante e auxiliar de serviços gerais Gilvânia da Silva Santos, de 28 anos. “Nunca fui a uma exposição como esta. Gostei da criatividade e de saber que coisas simples, podem se transformar em arte”, disse a aluna do 3º TB.
Depois de uma hora e quinze minutos viajando por pinturas, esculturas e pelas mais diferentes manifestações artísticas, a prova de que o encontro com a arte sempre vale a pena. “Eu ainda não tinha ido à Bienal. Muito interessante. Fiquei surpreendida com algumas pinturas, pois pareciam reais”, disse, emocionada, a dona de casa Rosileide Moreira Luiz, de 27 anos, aluna do 3º TC.
