Alunos da escola estadual Capitão Alberto Graf, em Caieiras, criaram barras de sabonete e sabão reutilizando óleo de cozinha em uma disciplina eletiva sobre empreendedorismo. Os itens, que ajudam na prevenção do coronavírus, serão doados para a comunidade carente na região da escola.
O trabalho foi realizado sob a orientação da professora Zélia Martins do Nascimento. O grupo formado por seis integrantes contou com a ajuda da mãe de um deles e da própria professora, que doou parte do material usado. Nesta primeira etapa, os alunos desenvolveram 52 sabonetes e 50 barras de sabão.
Renan Corrêa Borges, de 16 anos, é um dos participantes e afirma que desenvolver o projeto foi inovador e surpreendente. “A professora nos fez pensar ‘fora da caixinha’, o que me deixou bem empolgado. A ideia foi criar empresas para inspirar jovens como a gente a se aproximarem de algo mais real.” A mãe dele, Eliane Lira Corrêa, ajuda na supervisão da fabricação porque são usadas algumas substâncias corrosivas, como soda.
Outra aluna que ajudou a desenvolver o sabão foi Larissa Soria Pontes, 16. Ela conta que no começo até estranhou a discussão de ideias e estava com medo de não dar certo, mas com o desenrolar do projeto se sentiu orgulhosa. “A minha autoestima até aumentou porque eu não me achava capaz de fazer algo assim e agora está dando tudo certo”, conta.
Para Renan o desperdício de óleo aliado ao momento em que é preciso lavar as mãos com mais frequência foi a união perfeita para todos concordarem e se empolgarem com o projeto.
A professora explica que no início do ano havia um plano a ser seguido, mas com a pandemia precisou reunir os alunos virtualmente e adaptar os projetos. Assim, além da produção do sabão e do sabonete, os alunos do 2º ano do ensino médio da unidade desenvolveram outros projetos que caminham em paralelo.
Zélia diz que ao todo são oito iniciativas. Há uma revista digital, um blog e um Instagram com notícias da região, uma editora que posta poesias, fotografias, música e vídeos relacionado à arte, uma horta orgânica, um brechó virtual e um site de trocas de roupas. “Antes o objetivo do empreendedorismo era gerar lucro, agora – com a atual situação – reavaliamos e decidimos valorizar e contribuir com o lado social.”