À frente da Escola Professora Desolina Betti Gregorin, o professor Edson José Gonçales acumula mais de 40 anos de atividades na escola que moldou sua formação
Foi dividindo a rotina de vendedor no comércio local com a de estudante universitário que o professor Edson José Gonçales conseguiu obter seu primeiro diploma e, por isso, iniciar as atividades dentro da sala de aula. “Eu vendia sapatos em uma loja para pagar a faculdade”, afirma.
Do primeiro cargo na Escola Estadual Professora Desolina Betti Gregorin, em Irapuã, até o posto de diretor, são 39 anos somente de atividades profissionais na unidade em que forjou sua educação. “Estudei aqui desde os sete anos de idade. Depois fui professor, coordenador, vice-diretor e agora diretor. As plantas e as árvores da escola cresceram comigo. É uma extensão da minha vida”, orgulha-se.
Como professor, Edson calcula ter contribuído com a formação de cerca de 1.500 alunos. Hoje, liderando a gestão dos 600 alunos da Escola Professora Desolina Betti Gregorin, ele coleciona alguns projetos de destaque desenvolvidos pela escola e pelos estudantes. Entre eles, figuram a construção de um observatório (o único na região de Rio Preto), o desenvolvimento de um protótipo de drone semeador e de uma chocadeira.
Gestado em uma aula da eletiva de robótica, o drone semeador foi selecionado para a segunda fase da FeCEESP – Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo e pode estar entre os finalistas que serão premiados no fim de novembro, em São Paulo. Somente neste ano, o equipamento já colaborou para o plantio de mais de 200 mudas em um terreno cedido para a escola depois que a polícia ambiental notificou o dono por falta de cuidado do espaço, que se transformou em uma área de preservação permanente. Cabe agora aos estudantes cuidarem das mudas de árvores nativas da região plantadas no local.
Já a chocadeira será um dos destaques da quarta edição da “Feira do Conhecimento”, evento que tem como objetivo mostrar, na prática, o resultado do aprendizado dos alunos.
“Buscamos incansavelmente oferecer uma escola de qualidade, dinâmica, em que o aluno se sinta acolhido e ao mesmo tempo melhore o seu aprendizado e desenvolva seu protagonismo”, explica o professor, que acredita que a proximidade com os alunos cria um respeito muito maior e contribui para que os professores se transformem em um espelho, tanto para a vida acadêmica, quanto para o futuro profissional dos estudantes.
“O aluno é o nosso centro. Quando a gente vê o aluno motivado, é isso que nos deixa mais feliz”, conclui.