No dia 11 de agosto é celebrado o Dia do Estudante, e para a rede estadual de São Paulo são 3,5 milhões de comemorações. Desse total, 1,9 milhão estudam no ensino fundamental, sendo 620 mil nos anos iniciais (1º ao 5º ano) e 1,3 milhão nos anos finais (6º ao 9º ano), 1,3 milhão no ensino médio, ainda há 170 mil alunos na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Ser estudante da educação básica é uma oportunidade única. Hoje todos os nossos esforços na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo são dedicados para que nossos estudantes aproveitem ao máximo essa etapa. Nas escolas do Programa de Ensino Integral, por exemplo, já são 900 mil alunos atendidos diariamente” afirma o Secretário Estadual da Educação, Hubert Alquéres.
Para celebrar a data, as estudantes Bianca Menezes, Coraly Aeyda, Lavínia Rocha e Natália Coutinho de Almeida, embaixadoras do Centro de Mídias SP (CMSP), participaram de um bate-papo na Seduc-SP sobre como é ser estudante da maior rede de ensino da América Latina.
A estudante da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual José Maria Perez Ferreira, em Carapicuíba, Bianca, foi pioneira nos embaixadores do CMSP. Tudo começou durante a pandemia quando estudantes, assim como ela, criaram perfis de estudo em redes sociais. Ao notar esta movimentação e interesse, estes alunos começaram a ser convidados a participar das aulas nos estúdios e de outras atividades da Seduc-SP. Carinhosamente esses estudantes passaram a ser conhecidos como embaixadores do CMSP.
“Na pandemia, eu estava indo para 1ª série do ensino médio, aí que caiu a ficha do porquê eu deveria estudar, pois eu tinha boas notas, mas eu tinha de me superar. E por coincidência que nesse período, eu me aproximei mais dos meus professores e da direção da escola, pois tinha o plantão de dúvidas. E neste pós-pandemia, eu sinto que tenho de passar o que eu aprendi e o meu legado para os outros alunos sobre a importância dos estudos”, avalia.
Também na 3ª série do ensino médio da mesma unidade escolar, Coraly nasceu na Bolívia e conta com orgulho como ocupou seu espaço de direito na escola. Agora ela quer compartilhar este sentimento para empoderar outros alunos estrangeiros.
“Eu era uma aluna quieta, não falava muito, então eu consegui mudar isso em mim. Melhorei em vários aspectos, tanto com o Centro de Mídias que me ajudou, quanto com alguns professores também me ajudaram, a direção da minha escola; ser integrante do grêmio também me ajudou”, conta. “Eu consegui chegar aqui pelos meus méritos e acho que eles também conseguem, mostrando quem verdadeiramente são”, complementa.
As escolas estaduais de São Paulo atendem mais de 14,4 mil estudantes estrangeiros, desses, a maioria são bolivianos, cerca de 6 mil.
O retorno à convivência diária com outros estudantes foi um dos pontos destacados por Natália, do 9º ano da Escola Estadual Doutor Renê de Oliveira Barbosa. “O que muda é principalmente a convivência, porque a gente passou dois anos só trocando mensagem, é muito diferente estar de forma presencial. Mas eu sempre fui uma comediante com piadas ruins, e essas piadas são sempre melhores no dia a dia, do que no ambiente virtual”, brinca.
Durante a conversa, as alunas também falaram sobre o poder da Educação. Para Lavínia, que cursa o 8º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Rubens Moreira da Rocha, em Santo André, os jovens devem aproveitar o direito aos estudos para cada vez mais ter consciência dos seus direitos.
“Para mim, ser estudante é ser um colaborador. Você colabora consigo mesmo, então você aprende aquilo que você precisa aprender, você descobre novos horizontes, e você colabora com o outro, então dentro de uma conversa você sabe ensinar o outro, dentro de uma conversa você troca conhecimento e exerce aquilo que é seu e passa a lutar por aquilo que é o seu direito”, afirma.
