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quarta-feira, 31/03/2004
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Escola do Interior se especializa em agronegócio

A força agrícola brasileira tem um dos seus alicerces no Estado de São Paulo. Cada vez mais este setor aparece como a solução para muitos cidadãos na geração de emprego, […]

A força agrícola brasileira tem um dos seus alicerces no Estado de São Paulo. Cada vez mais este setor aparece como a solução para muitos cidadãos na geração de emprego, renda e produção para o país. Em 2003, por exemplo, a agricultura teve um crescimento nominal na produção de 17,60% em relação ao ano anterior.

No embalo destes números, dirigentes de escolas estaduais do interior paulista se apressaram em buscar parcerias em empresas e instituições ligadas à agricultura, para apresentar novas técnicas e equipamentos aos alunos, basicamente filhos de pequenos agricultores.

A intenção é abrir um caminho para que, no futuro, estas crianças dêem continuidade ao legado dos seus pais, mas com uma qualificação melhor, capaz de afastar o risco de safras perdidas ou mal-negociadas.

A escola estadual Odulfo de Oliveira Guimarães, da cidade de Viradouro, foi uma das que se tornaram parceiras da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) nesta empreitada.

Localizada em um município próximo a Ribeirão Preto, onde fica a sede da Abag, a escola tem realizado uma série de atividades para preparar seus alunos do Ensino Médio para o agronegócio.

Eles fazem visitas a fábricas para conhecer os novos equipamentos e as atuais tecnologias adotadas para o plantio, tratamento e colheita das chamadas “commodities” – importantes itens na cadeia produtiva para exportação.Também freqüentam palestras ministradas por membros da instituição agrícola e aprendem a melhor forma de aproveitar, consumir ou negociar uma safra.

“Ficamos em uma região bem interiorana. O aluno não tem muito acesso ao mundo da tecnologia, ao progresso. Seus pais ainda realizam trabalhos braçais no campo, com um tratorzinho e arado”, analisa a professora Eugênia Aparecida Costa.

Para ela, a iniciativa se encaixa ao perfil da região que, além de usinas de cana-de-açúcar, é recheada de plantações de laranja, café, hortas e pastos, pertencentes a pequenos produtores. “De repente, com esta oportunidade, o estudante se deu conta de que pode crescer neste setor e descobrir uma vocação. Estamos mostrando uma visão diferente e real ao colocá-lo em contato com a modernidade”, destaca a professora.

Eugenio Goussinsky