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quarta-feira, 12/10/2011
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Estudantes da capital levam trabalho sobre bullying a fórum de educação em Santos

Alunos da Escola Estadual Jornalista David Nasser participam de debate sobre o tema na “Semana da Educação Paulo Freire” Um grupo de 17 alunos da Escola Estadual Jornalista David Nasser, […]

Alunos da Escola Estadual Jornalista David Nasser participam de debate sobre o tema na “Semana da Educação Paulo Freire”

Um grupo de 17 alunos da Escola Estadual Jornalista David Nasser, localizada no Capão Redondo, zona sul da capital, vai levar a experiência de combate ao bullying desenvolvida na unidade para a “Semana de Educação Paulo Freire”, em Santos. Sob o tema “Combate à Violência e Promoção da Cultura de Paz na Escola”, os estudantes apresentam sexta-feira, 14 de outubro, o resultado do projeto Jovens Construindo a Cidadania (JCC), executado em parceria com a Polícia Militar.

O convite para participar do debate partiu da ONG Fórum da Cidadania, ao tomar conhecimento sobre o grupo, que usa música e teatro para combater os conflitos no ambiente escolar. “Eles são um exemplo e podem servir de estímulo para outras escolas”, explica Celio Nori, membro da comissão de organização do evento feito em parceria com o Sesc e a Secretaria de Educação de Santos, voltado para professores, pais e alunos da rede municipal de ensino.

A iniciativa de criar o projeto contra o bullying partiu de alunos e encontrou apoio na parceria da Secretaria de Estado da Educação com a Polícia Militar, representadas, respectivamente, pela professora-mediadora Fabiana Laurentino da Silva e pelo soldado Fausto Ramalho.

“Nós trabalhamos muito o tema da agressão física e verbal e também as consequências desses atos. O bullying pode acabar em violência”, alerta Fabiana. Para integrar o projeto Jovens Construindo a Cidadania, foi convidado um representante por turma, do 7º ano do Ciclo II do Ensino Fundamental até a 2ª série do Ensino Médio, com idades entre 13 e 16 anos.

Para desenvolver o diálogo, o grupo usa encenações teatrais e composições em ritmos como o funk, além do círculo restaurativo _uma dinâmica em que as duas partes envolvidas no conflito dialogam entre si e com o grupo. O trabalho surtiu efeito na unidade escolar do Capão Redondo. “Depois da criação do grupo, o convívio está mais pacífico na escola e isso refletiu em toda a comunidade escolar”, conta a professora-mediadora.

Aluna da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Jornalista David Nasser, Juliana Neres, 15 anos, diz só ter percebido que sofria bullying depois de ser convidada a integrar o grupo. “Achava que era só implicância, normal, que eu tinha que aguentar”, conta. “Aprendi que todo mundo pode ser amigo, independentemente das diferenças. Antes eu escolhia muito os meus amigos. Agora me aproximo de todos. Mas ninguém pode pisar na bola, tem que se respeitar”, ensina Juliana.

Professor-mediador

Atualmente, o Sistema de Proteção Escolar da Secretaria de Estado da Educação conta com o trabalho de cerca de 1.800 docentes na função de professores-mediadores, em cerca de 1.600 escolas da rede de ensino estadual. Dentre as atribuições desses profissionais, estão a adoção de práticas restaurativas e de mediação de potenciais conflitos no ambiente escolar, realização de entrevistas com os pais ou responsáveis dos alunos, análise de fatores de vulnerabilidade a que possa estar exposto o aluno, orientação à família ou responsáveis na procura de serviços de proteção social, se necessário, sugestão de atividades pedagógicas complementares e orientação e apoio aos estudantes na prática de seus estudos.