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terça-feira, 28/11/2023
Notícia

Estudantes de Piracicaba levam monitoramento da crise climática para dentro de casa

Projeto desenvolvido na Escola Estadual Professor José Martins de Toledo envolve 90 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, que avaliam a qualidade do ar com dispositivo exclusivo

Um projeto desenvolvido dentro da Escola Estadual Professor José Martins de Toledo, em Piracicaba, com o objetivo de envolver os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental nas discussões sobre a crise climática foi além das aulas teóricas e, agora, esses alunos estão se transformando em monitores do ar e da temperatura dentro de suas próprias casas e vizinhança.

No total, 90 estudantes participam do desafio “Entrando no Clima e Transformando a Comunidade”, desenvolvido pelas turmas de 8º ano com seus professores, que tem ultrapassado as paredes da sala de aula. O desafio integra o projeto Conexões Steam (na tradução, um acrônimo das palavras ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática), que tem sido trabalhado desde o início deste ano letivo com o intuito de abordar em sala de aula as transformações climáticas e os impactos ambientais.

“Depois de trabalharmos com os estudantes conteúdos do Currículo Paulista dentro de sala, junto a exemplos de como a crise climática já está impactando nossos dias com o incentivo à leitura de reportagens sobre o assunto, nesta semana os alunos passaram a uma nova etapa do desafio, que é o de levar para casa um dispositivo de monitoramento do ar e de temperatura”, afirma a coordenadora pedagógica da escola, professora Iria Storer.

Para essa etapa de investigação, a escola recebeu 10 kits de um dispositivo de monitoramento chamado Hexa Smart Clima, criado pela empresa PETE, de robótica educacional, e adquiridos pelos institutos EP e CLQ, parceiros da unidade no projeto Conexões Steam.

Esse dispositivo de monitoramento, que traz aos estudantes noções sobre internet das coisas (que alia objetos da rotina e conexões digitais), pode ajudá-los a coletar dados climáticos como umidade do ar, pressão atmosférica, luminosidade, volume de chuvas, temperatura e incidência de raios ultravioleta.

Todos os 90 estudantes do 8º ano matriculados na escola José Martins de Toledo levarão o kit para casa em algum momento para a parte prática do desafio. A coleta desses dados é transferida pelos próprios alunos ao computador e o kit já é organizado de forma a entregar esses resultados do monitoramento por meio de gráficos, que serão analisados com o apoio dos professores.

“A partir desse projeto e da utilização de kits, estamos criando aqui em Artemis, um bairro com características urbanas e rurais, uma mini estação meteorológica”, conta a estudante Manuela Teixeira Diehl, de 13 anos de idade. “Aqui, estamos conseguindo conscientizar nossos vizinhos sobre os riscos e resultados do aquecimento global”, continua o colega de Manuela, João Victor Lopes Batista, também com 13 anos de idade.

Segundo a professora Iria, o projeto ajuda a desenvolver o aprendizado das disciplinas de geografia, biologia e matemática e as noções de tecnologia que serão ampliadas pela Educação do Estado ainda mais a partir da nova matriz curricular para o ano que vem. “Além de tudo, eles estão levando para casa a preocupação com os riscos do aquecimento global e impactando suas próprias comunidades”, afirma a professora.