A disciplina de física nas escolas é mais conhecida pelas órmulas para o vestibular ou as explicações sobre a gravidade. Mas na verdade se trata de algo muito mais amplo, com diversas áreas que normalmente não são abordadas nas escolas. Foi pensando nisso que a Diretoria Regional de São Carlos, em conjunto com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), bolou um projeto-piloto para ensinar Física Experimental aos estudantes.
Chamado de Programa de Formação Complementar em Física Experimental, a iniciativa envolveu trinta alunos, que, ao longo de cinco semanas, receberam uma formação complementar com temas sobre mecânica e eletricidade e diversos com experimentos que ajudaram a compreender melhor a disciplina de Física de forma dinâmica e entusiasta.
“Os alunos tiveram a oportunidade de aprofundarem seus conhecimentos utilizando os laboratórios e conhecendo os pesquisadores do Instituto de Física. Para aquele aluno que realmente estuda, que está focado e se entrega, essa experiência dentro da universidade ajuda e muito o projeto de vida de cada um”, explica a dirigente Débora Blanco. Um dos pontos altos da parceria é o uso dos equipamentos da universidade para os estudantes.
Outro ponto do programa é a forma didática como abordou os conteúdos em física, chamando atenção para a profissão, que pode ter diversos caminhos depois da graduação. “Os professores foram muito legais nas explicações e nas orientações que deram. O conhecimento deles é muito amplo, o que faz com que a gente expanda a nossa mente”, comemora Leonardo Peres, aluno do 1º ano na Escola Estadual “Prof. José Juliano Neto”, em São Carlos.
Leonardo quer prestar Engenharia Mecânica e já arrisca palpites na área. “O pêndulo simples e o movimento retilíneo foram, na minha opinião, os dois grandes destaques do aprendizado, provocando em mim ainda mais paixão pela área da Física”, finaliza. Já Ondina, aluna do 3º ano, na Escola Estadual Santa Eudóxia, relata que o tempo foi um fator de ouro. “Foi uma oportunidade única que tive e toda vez que recebemos uma oportunidade como esta temos que abraçá-la rapidamente e fazer um esforço, pois sem esse esforço não conseguimos ir além”, pontua a jovem, afirmando que irá presta o vestibular para a área de arquitetura na USP.
A formação aconteceu durante dois meses, às terças e quartas-feiras, no contraturno escolar. E os elogios não ficam só com os alunos. Para Fernando Paiva, professor do IFSC/USP, o resultado foi positivo. “Os alunos corresponderam além de nossas expectativas, mostrando uma força de vontade fantástica e isso nos anima a organizar novas sessões ao longo dos próximos semestres”, conclui.
