Na capital, os alunos da E.E. Octalles Marcondes Ferreira desenvolveram um trabalho de inclusão de pessoas com deficiência visual. Com auxílio dos professores, eles montaram um ambiente com sistema de som, sala escura, pipoca e tudo o que remetesse a um cinema. O diferencial, no entanto, está na ausência da tela.
O projeto chamado “Cinema para cegos” tem como objetivo fazer com que os estudantes se coloquem no lugar do outro. Além disso, ele sensibiliza outros sentidos dos jovens e os aproxima da realidade de uma pessoa cega.
Para isso, eles construíram diversas situações para estimular essas ações. De acordo com o idealizador do projeto e professor de Matemática, Jucélio Antônio, o intuito é permitir que eles conheçam de perto os diferentes desafios do deficiente visual.
“Medo de percorrer o caminho, parar na fila, pedir informação. Tudo isso tem que confiar em alguém a guiando”, explica o docente.
Em muitos casos, as pessoas deixam de oferecer ajuda porque simplesmente não entendem ou desconhecem a dificuldade do outro. Projetos como esse, dessa forma, dão a chance de conviver com realidades diferentes das que estão acostumados.
Por meio dele, a escola conseguiu estimular o trabalho em equipe entre os alunos e, mais do que isso, aflorar a solidariedade e o cuidar do próximo. No fim, todos aprenderam que se cada um fizer sua parte é mais fácil superar os obstáculos para a construção de um mundo mais justo.
“Um dia eu posso encontrar uma pessoa necessitada na rua, um cego, e vou poder ajudar, pois eu recebi um treinamento”, comenta a aluna Lays de Matos.
