Estado irá investir na alfabetização e ensino médio
A partir de hoje (12.02), mais de 5,2 milhões de alunos e 240 mil professores da rede pública de ensino voltam às aulas nas 5.306 escolas em todo o Estado de São Paulo. Um momento cercado de expectativas, ansiedade e, principalmente, de muitos desafios. A grande questão que se levanta em momentos como este é sobre as possíveis mudanças e o que está previsto para o novo ano letivo. Uma indagação natural, sobretudo pelo fato de que educação é um processo, com permanente investimento do poder público.
No caso de São Paulo, o foco da educação a partir de 2007 está centrado em duas vertentes: a alfabetização e o ensino médio. Ou seja, pretende-se atacar nas duas pontas do processo pedagógico.
Neste sentido, ainda este ano, 102 mil crianças que aprendem as primeiras letras e primeiros números nas escolas públicas do Estado começarão a ganhar um benefício essencial no aprendizado: um auxiliar pedagógico, atuando como segundo professor na sala de aula da primeira série fundamental. O segundo professor é uma realidade nas boas escolas privadas. Ao lado do titular, está a postos para resolver dúvidas e apurar dificuldades, cumprindo um papel essencial na formação básica.
No primeiro momento, o auxiliar pedagógico estará em 3027 classes da Capital. Um investimento inicial de R$ 16 milhões. No dia em que alcançar o Estado inteiro, o programa do Segundo Professor, uma novidade estratégica no esforço para educar cidadãos do futuro, custará cerca de R$ 36 milhões
Ainda no ensino fundamental, outra ação simples, mas de extrema relevância, irá fortalecer essa preocupação com a alfabetização. Os alunos de 1ª série e 2ª séries terão o mesmo professor. Com isso, ele passará a conhecer melhor seus alunos, identificar possíveis problemas e acompanhar seu desenvolvimento com mais precisão e desenvoltura.
No caso do ensino médio, a preocupação é tornar esta fase do ensino mais atraente e voltada para as realidades dos nossos adolescentes. Muitos desses jovens, hoje, se vêem obrigados a ingressar no mercado de trabalho em paralelo aos estudos. Assim, é preciso rever as matrizes curriculares para que o ensino médio possa realmente preparar os estudantes para a universidade e em condições de disputar uma vaga de emprego.
Essas mudanças na sala de aula também ilustram a discussão de como apontar prioridades e destinar verbas. Em 2007, o Estado vai investir R$ 207 milhões em 17 ações para promover melhorias urgentes na rede pública. Nesse conjunto de investimentos se encontram a montagem de 202 Brinquedotecas para as Escolas de Tempo Integral e 3.584 Experimentotecas (kits para laboratórios de ciências, física e química) 20.174 computadores, 140.000 conjuntos de carteiras e cadeiras e outras melhorias.
No item relativo à melhoria e expansão da rede pública de ensino, este ano a Secretaria de Educação estará executando 993 obras, criando 836 salas a um custo de R$ 296 milhões. Em licitação, outras 494 obras irão consumir um investimento de mais R$ 110 milhões.
Todos esses investimentos, que são uma parte do que a Educação pretende realizar em 2007, estarão acontecendo em função do esforço do poder público para evitar todo e qualquer desperdício, definindo com clareza e responsabilidade cada centavo retirado dos cofres públicos.