Salas mais organizadas. Esse é resultado do projeto “ConservAção” que transformou os espaços da E.E. Roberto Amauri Galiera, em Morrinhos, deixando tudo em seu lugar.
A iniciativa conta com um time grande. Todos os alunos da unidade, desde o 6º ano do Ensino Fundamental até a última série do Ensino Médio, vestiram a camisa e passaram a pensar no próximo antes de jogar lixo no chão ou escrever nas carteiras.
“Combinamos que ninguém sujaria a escola. É bom você estar em um ambiente limpo, é mais agradável para estudar”, fala Beatriz da Silva Costa, aluna do Ensino Fundamental.
A ideia que revolucionou o comportamento dos estudantes nasceu na cabeça do professor de história Pedro Usai. O educador usou sua criatividade para envolver toda a comunidade escolar. Ele estruturou uma competição. No final de cada aula, as classes são avaliadas e recebem nota de 1 a 5 pelo nível de limpeza. “No final do bimestre, quem atingir a pontuação mais alta ganha a disputa”, explica Usai.
Antes do jogo começar, o professor visitou as salas e expôs aos alunos a importância de conservar o patrimônio público. O diálogo evoluiu e foi parar na parede, mas em forma de trabalho interdisciplinar, valendo pontos na média. “Os alunos se envolveram tanto que fiquei surpreso com a qualidade das apresentações e cartazes”.
Não demorou muito para o objetivo ser atingido, como relata a professora mediadora Cristiane Castro. “Em menos de um bimestre do desenvolvimento do trabalho pedagógico a escola já começou a ver os efeitos do projeto ConservAção. O que antes era tratado como descaso, se tornou um hábito, uma cultura entre os alunos. Lixo só no lixo”.