A proximidade dos principais vestibulares do país, como Fuvest, Unicamp e Unesp, e o ENEM – cuja primeira prova aconteceu neste domingo – vem mobilizando as escolas de todo o estado a promoverem projetos que desenvolvam algumas competências pedidas na prova, como leitura e interpretação de texto, entre outras. Uma escola em Francisco Morato levou a ideia além: além de preparar para o vestibular, desperta o interesse pela leitura e discussão de gêneros literários.
Chamado “Leitura pra quê te quero?”, o projeto acontece desde o início do ano na Escola Estadual Silvia II e é destinado a alunos do anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. Nele, Fora da sala de aula e ocupando diferentes espaços da escola, como pátio e até em redes debaixo das sombras das árvores, os alunos realizam leitura, estudos e análises de gêneros textuais, como conto, poesia, crônica e música.
“Queremos uma escola que leia não só os títulos didáticos, e sim, também as obras literárias clássicas”, relata Cláudio Adão, agente de organização escolar e mestrando em linguística pela Unicamp. Ele ajuda a professora Geneci Ferreira, coordenadora do programa, a organizar a Sala de Leitura e preparar o material para os estudantes, além de liderar o grupo junto da professora.
O trabalho ultrapassa os limites da sala de leitura. O pátio da escola possui estantes com livros espalhadas que ficam acessíveis e podem ser utilizados pelos alunos a qualquer momento. “Quando eu cheguei na escola os livros ficavam em uma sala trancada, o acesso era restrito, hoje temos livros disponíveis aqui no pátio não só para os estudantes mas para a comunidade do Escola da Família”, explica o diretor da unidade Ismar Pusti de Azevedo.
Para os alunos do ensino médio, o trabalho ainda ajuda no reforço das leituras exigidas pelos vestibulares e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma forma de amenizar a dura rotina de estudos que os jovens estão encarando nesse fim de ano e mostrar que a leitura pode ser sempre prazerosa.
