Um trabalho que une as esferas federal, estadual e municipal na disponibilização de preservativos para alunos do Ensino Médio está dando resultados em São José do Rio Preto. E a Diretoria de Ensino da região está sendo decisiva para o sucesso da iniciativa, mais uma parceria bem-sucedida entre Educação e Saúde.
Doados pelo Ministério da Educação e Cultura, os preservativos só são encaminhados da maneira correta graças a um trabalho incansável de conscientização da comunidade e capacitação de professores feitos pelos dirigentes das escolas e educadores do Estado.
A Secretaria Estadual da Educação, dentro do Programa Prevenção, além de ensinar, também cede todo o espaço físico para a implementação do projeto, iniciado em agosto de 2003 e que já colhe os seus primeiros resultados.
Segundo dados da Diretoria de Ensino de São José do Rio Preto, as três escolas estaduais envolvidas – E.E Prof. Bento Abelaira Gomes, E.E Profa Nair Santos Cunha e E.E Prof. Darcy Frederice Pacheco – já obtiveram uma diminuição de incidência de gravidez na adolescência e de portadores de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
O projeto une a teoria e a prática. Enquanto entre 300 e 500 preservativos eram disponibilizados para os alunos acima de 15 anos, os educadores montavam uma estatística permanente do perfil dos alunos que aceitaram participar da campanha.
Por meio de questionários, os alunos dão informações do tipo: Início da Vida Sexual; O Que Pensa Sobre o Sexo, além de freqüentarem a Oficina do Sexo Protegido.
Para não haver constrangimentos, os alunos respondem os questionários de forma anônima e escolhem como orientador um professor capacitado com quem tenham maior afinidade.
O termo disponibilização foi propositadamente utilizado para mostrar que a utilização dos preservativos é uma opção dos alunos. Nada é forçado e nem há doações do material para os estudantes.
Na outra ponta do ciclo está a Secretaria Municipal de Saúde de São José do Rio Preto, que faz exames periódicos nos alunos e orienta os postos de saúde da cidade a atenderem à procura dos adolescentes de forma integrada com a escola.
De acordo com a professora Onélia Rossini Garcia Justo, Assistente Técnico-Pedagógico da D.E., a meta é ampliar o projeto. Até o fim do ano, 13 escolas estarão disponibilizando os preservativos.
A região de São José do Rio Preto, segundo dados da D.E local, tem o maior número de portadores de AIDS no Estado de São Paulo, por ser uma cidade-pólo na região.
Eugenio Goussinsky