Existe a máxima de que ‘a educação vem de berço’. Sim, é bem verdade que os pais e/ou responsáveis pelas crianças devam transmitir seus conceitos e valores para que cada pequeno cidadão contribua com o fortalecimento da sociedade. Mas, também é dever da escola completar esses ensinamentos em relação às áreas do conhecimento. Contudo, pais, responsáveis, professores e demais funcionários das escolas precisam se unir nessa missão. E, para tornar essa tarefa mais simples, surgiu na E.E. José Cândido, da Diretoria de Ensino de Araçatuba, o projeto ‘Escola de Pais: mude seu olhar para com seu filho’.
A iniciativa é da professora de Artes Cassia Daniela Lóis, mas foi prontamente abraçada por todos os profissionais da unidade escolar. Ela acredita que “para garantir o desenvolvimento do educando, é importante que escola e pais trabalhem em harmonia”. Quando isso acontece, os estudantes aprendem mais e melhor. “A família tem um papel extremamente importante na construção do sucesso ou do fracasso escolar, à medida que funciona como um grupo afetivo responsável por grande parte da formação cultural e do estabelecimento dos projetos de vida e identidade dos alunos”, explica Cassia Daniela.
Levando tudo isso em consideração, à medida que a escola une o saber científico à cultura e experiências familiares, consegue ampliar os horizontes dos educandos, possibilitando um melhor desempenho acadêmico para os mesmos e maior afetividade e envolvimento familiar. Ou seja, todo mundo ganha.
O projeto ‘Escola de Pais’ integrou comunidade e conscientizou a todos sobre a importância do trabalho coletivo em prol da aprendizagem, estimulou a família a acompanhar as tarefas diárias dos estudantes, sensibilizou os responsáveis quanto a um olhar diferenciado e atento aos filhos. Além disso tudo, o projeto também treinou os pais para que eles obtivessem maior conhecimento teórico-prático para acompanhar as tarefas dos estudantes e envolveu os responsáveis em atividades de aprendizagem em casa, entre outras vantagens.
Tudo aconteceu com encontros mensais de pais, coordenação escolar, professores e convidados. Nesses encontros, houve atividades de interação, palestras com especialistas, como psicólogas, psicopedagogas e assistentes sociais, e palestras com parceiros comunitários. Os temas abordados foram variados, conforme o interesse dos participantes, como comunicação e relacionamento familiar, imposição de limites às crianças e aos adolescentes, mídia e tecnologias no contexto sócio-familiar, entre outros. Também foram utilizados vídeos e dinâmicas interativas.
Para a diretora da E.E. José Cândido, Ana Luisa Horta Ayres Pinheiro, foi a forma encontrada para sensibilizar os pais, para que eles percebessem que a participação deles é muito importante. “Isso gerou uma aproximação maior entre pais e filhos. Gerou maior confiança dentro da família. Eu acho que quando tem aquela proximidade maior, quando o pai se abre sobre as dificuldades que enfrenta em relação aos estudos do filho, cria-se um laço afetivo e uma relação mais confiável”, esclarece a diretora.
Segundo a diretora, “a maior queixa dos pais era saber como impor limites. Os encontros proporcionaram maior aproximação. Eles perceberam, com o tempo, que suas dúvidas são comuns nas outras famílias. E isso cria oportunidades para que eles se abram mais, que criem novos caminhos”, explica Ana Luisa.