Professora de História transforma filmes em projetos educativos com foco nas habilidades socioemocionais de alunos de Mogi das Cruzes

Ela queria apenas complementar a renda como professora, mas foi arrebatada pela paixão pela educação e está há 22 na rede estadual

Quando começou a dar aulas como professora de História na rede estadual de ensino de Mogi das Cruzes em 2001, Ana Paula Chrispiniano Leite Duarte tinha como objetivo apenas o complemento da renda. A paixão pela educação foi maior e ela decidiu rapidamente que essa seria sua principal profissão. Hoje docente da Escola Estadual Professora Sueli Oliveira Silva Martins, ela usa filmes para transformar o aprendizado e a convivência dos estudantes. 

“Eu cursei História com a intenção de me especializar em ciências políticas, mas a rota mudou quando me inscrevi para dar aulas como professora eventual para complementar a renda. Não teve jeito, fui laçada pelo amor à educação desde as primeiras aulas ministradas”, lembra ela. 

Nestes 22 anos, a professora foi ganhando seu espaço e admiração pelos projetos que aliam a cultura, educação e todas as suas particularidades, inclusive a busca pelo bem-estar dos estudantes no ambiente escolar. 

Nessa toada, ela destaca atividades que envolvem o cinema e a música. Entre elas, estão: 

• O projeto “História através dos filmes e das músicas”, que tem como objetivo promover a escuta, discussões entre alunos a partir das impressões sobre fatos históricos, sociais e econômicos; 
• O grupo “Escritores da Liberdade” envolve exibição do filme homônimo, desenvolvimento das habilidades socioemocionais, sensibilização e incentivo à criação de diários pessoais; 
• O projeto Divertidamente motiva os estudantes a analisar suas emoções diárias e discutir a importância da felicidade para o resultado do aprendizado diário.

“O papel do professor é mostrar caminhos, é mostrar para o estudante a importância que ele tem como pessoa e cidadão. É acreditar na história de cada um de forma ímpar. Ser professor representa estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas e acreditar no potencial de cada aluno. Sinto que como educadora posso participar disso ativamente e estou nesse processo”, finaliza.