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terça-feira, 30/04/2019
Boas Práticas

Projeto em Francisco Morato mistura reciclagem e jardim sensorial para promover inclusão

Para construir jardim sensorial, professora pensou em projeto de reciclagem na comunidade

Como melhorar a infraestrutura da escola e criar um ambiente para os 21 alunos portadores de autismo e outras deficiências na E. E. Professor Aparecido Roberto Tonellotti, em Francisco Morato? A professora Tatiane Carvalho respondeu a questão com um projeto complexo e que uniu toda a comunidade em prol da inclusão.

Conhecida por ser referência no atendimento a alunos portadores de necessidades especiais, a Roberto Tonellotti precisava de uma sala de espera para os alunos especiais. “Muitos dos alunos ficavam esperando os pais em lugares que podiam causar desconforto ou estresse aos alunos portadores de necessidades”, explica Tatiana. “Precisávamos de um lugar inclusivo”.

A ideia veio da professora Rita Perossi. Com mais de vinte anos de casa, ela sugeriu a construção de um “Jardim Sensorial” nas dependências da escola. O lugar poderia ser usado no contraturno escolar, como uma sala de recurso, e também na espera dos pais e familiares. O Jardim Sensorial é uma herança da cultura oriental e tem como propósito estimular todos os cinco sentidos: visão, tato, olfato, audição e gustação por meio da interação com o ambiente.

“Trata-se de uma ação pedagógica de alto impacto na escola e na comunidade”, explica o secretário executivo de Educação, Haroldo Rocha. Além de oferece um espaço de convívio específico para portadores de necessidade, o jardim também promove a inclusão. “Sou professora há 14 anos da escola e tenho uma filha portadora de necessidade. Sei muito bem como é importante a inclusão dessa criança no ambiente escolar”, explica Tatiana.

Reciclagem como meio de angariar recursos

Se na ideia tudo estava pronto, faltava a prática. Tatiana, então, tomou para si o papel de angariar recursos. Foi atrás de empresas, parcerias e interessados em contribuir na construção do jardim. Até que um projeto multidisciplinar com os alunos apareceu como solução.

“Decidimos arrecadas valores com a venda de materais recicláveis. Papel branco, livros usados , apostilas, cadernos…também fizemos uma campanha de descarte correto do óleo de cozinha. Além de arrecadarmos recursos, fizemos um serviço muito positivo paa a comunidade ao estimular boas práticas de reciclagem”, conta a professora.

“Projetos como esse movimentam a rede e servem como exemplo para todo o estado”, pontua o secretário de educação Rossieli Soaes. Apenas em fevereiro e março, a escola reciclou 806kg de papel. “A cada 50kg de papel eciclado, uma árvoe deixa de ser cotada. Tenho orgulho em dize que evitamos o corte de 16 árvoes”, conta Tatiana. Outro ponto fundamental no projeto é a reciclagem de latinhas de alumínio, que são trocadas por cadeiras de rodas.

Abril foi um mês de boas notícias para a E. E. Professor Aparecido Roberto Tonellotti. O Jardim Sensorial finalmente será construído, e tem previsão para ficar pronto na segunda semana de junho. Mas o projeto de reciclagem não para por aí. “Nosso colégio não deseja apenas trabalhar o currículo padrão e sim ensinar nossos alunos a cuidar da natureza e ter amor ao próximo, formando pessoas”, declara Rita Perossi.