Para cada livro lido estudante ganha uma peça de seu próprio quebra-cabeça
Escolas do Ensino Médio da Diretoria de Ensino de Catanduva têm estimulado a leitura dos grandes clássicos da literatura, obras exigidas nos vestibulares das maiores universidades públicas do país, por meio do Projeto Quebra-Cabeças. Desenvolvido nas 26 escolas das 15 cidades da região, com os 9.300 alunos dos três anos do Ensino Médio, o programa é inovador: à medida que os estudantes terminam a leitura de uma obra ganham uma das nove peças de um quebra-cabeça. O jogo só termina quando todos os nove livros exigidos pelos vestibulares forem lidos.
Já no começo do ano, cada aluno indica uma figura para ser ampliada e dividida em nove partes que ficará guardada com o professor. Com o auxílio dos professores de arte, eles reproduzem obras de pintores brasileiros como Tarsila do Amaral e Candido Portinari, ou fazem a ampliação de fotografias pessoais.
A regra do jogo é: a cada livro lido o estudante deve entregar um resumo da história contendo informações sobre os personagens centrais e avaliação pessoal sobre a o conteúdo literário. Em troca, recebe uma peça de seu quebra-cabeça.
Os alunos dos dois primeiros anos do Ensino Médio só concluirão o quebra-cabeça quando estiverem no último ano do curso. Já os 2.500 matriculados no último ano devem ler as nove obras (veja relação abaixo) até o final do ano letivo.
“Incentivados pelo objetivo de concluir o quebra-cabeça, os alunos despertam o interesse pela leitura. É fundamental desenvolvermos projetos criativos que contribuam para a formação de jovens leitores”, afirma o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza.
Veja abaixo a lista de livros obrigatórios para os vestibulares da Fuvest e da Unicamp
· Auto da barca do inferno – Gil Vicente
· Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
· Iracema – José de Alencar
· Dom Casmurro – Machado de Assis
· O cortiço – Aluísio Azevedo
· A cidade e as serras – Eça de Queirós
· Capitães da areia – Jorge Amado
· Antologia poética – Vinícius de Moraes
· Vidas secas – Graciliano Ramos