Professores que integram intercâmbio chegaram nesta quinta-feira, dia 1º, e ficam até sábado para conhecer projetos e escolas da rede estadual paulista
Mistura de sotaques, culturas, diferentes formações. Caldeirão de experiências que compõe a visita de onze educadores do Estado da Bahia à Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. O objetivo do intercâmbio cultural, que começou nesta quinta-feira, dia 1º, e vai até sábado, dia 4, é levá-los para conhecer escolas e programas sócio educativos e de treinamento de professores da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. “A Bahia tem coisas maravilhosas no setor de educação que a gente pode aprender, e aqui, outras que podemos partilhar”, disse o secretário Gabriel Chalita, ao receber os visitantes.
Esta é primeira vez que os educadores baianos visitam oficialmente a rede pública estadual. Em breve, será a vez dos professores de São Paulo visitarem a Bahia. Tudo para que eles troquem experiências e idéias sobre programas desenvolvidos, além de discutir a implantação deles, respeitando as diversidades regionais e culturais dos dois estados. No caso de São Paulo, Chalita lembrou a importância de incentivar as chamadas “pratas da casa”. “Valorizamos as pessoas que já estavam na rede, e nos aproximamos dos professores. Além disso trabalhamos com assuntos que, de fato, melhoraram a qualidade da educação”, completou o secretário.
Convênios
Em outubro passado, os Estados da Bahia e de São Paulo firmaram vários convênios, entre eles, um na área de educação. Segundo o governador do Estado, Geraldo Alckmin, Bahia e São Paulo são dois dos estados que mais investem em educação, destinando quase 30% de seus orçamentos ao setor, enquanto a União aplica menos de 18%. O convênio educacional prevê três áreas: Capacitação dos professores, Escola-comunidade e Gestão.
Os estados estabelecerão obrigações comuns, entre elas, constituir um grupo técnico de trabalho com a participação de representantes das Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e da Bahia, com o objetivo de trocar experiências, discutir, sugerir, acompanhar e avaliar as ações desenvolvidas; definir as estratégias para a consecução dos objetivos deste Termo, em consonância com as diretrizes educacionais e planos estaduais; e disponibilizar os conhecimentos técnicos, teóricos e práticos, necessários ao cumprimento dos objetivos propostos.
Projetos Paulistas
Já no primeiro dia de visita à Secretaria, os educadores vindos da Bahia conheceram detalhes de projetos como o Letra e Vida, que forma professores alfabetizadores de 1ª a 4ª série do ensino fundamental; a Educação Física; o Caminho das Artes, que já atendeu cerca de 150 mil professores e alunos; a Educação Escolar Indígena, desenvolvida em 28 escolas; o Projeto São Paulo Educando pela Diferença para a Igualdade; o Educação e Cidadania, realizado nas unidades de internação provisórias da Febem, e o Bolsa Mestrado.
Para a professora Eliana Barreto Guimarães, superintendente de Educação Básica do Estado da Bahia, a proximidade entre São Paulo e Bahia só pode render bons frutos. “Essa é a base do aprendizado e do conhecimento; conhecer e aprender, trocar… principalmente no mundo de hoje. E depois, levar essa experiência conosco para adequá-las à nossa realidade.”
Celso Bandarra