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segunda-feira, 21/09/2015
Boas Práticas

Escola reutiliza óleo de cozinha para a produção de sabão sustentável

Produto é utilizado por alunos, comunidade e funcionários da E.E. Professor Mozart Tavares de Lima

Cinco litros de óleo, um litro de água, soda e sabão de coco, um copo de desinfetante e uma colher de brancol são os ingredientes necessários para os alunos da E.E. Professor Mozart Tavares de Lima fazerem sua parte na tentativa de tornar o planeta mais sustentável. Isso porque há cinco anos a unidade escolar, localizada no bairro da Vila Bela, em São Paulo, realiza o projeto “Sabão Sustentável”, que ensina os estudantes do Ensino Fundamental a criar sabão por meio da reutilização de óleo de cozinha.

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Realizada pela professora mediadora, Marilda de Fátima Salles Amorim, a iniciativa acontece uma vez por semana no pátio da unidade escolar, onde os estudantes do Grêmio Estudantil “Ação Mozart Jovem”, junto com os estudantes do Ensino Médio, fazem a produção do produto sob a supervisão da educadora. “Minha função no projeto é ensinar os alunos do Grêmio, para que estes ensinem os menores. Eu e a professora Marcela fazemos a oficina com eles, na qual ensinamos aos alunos a fazer um sabão sustentável, incentivando, assim, o protagonismo juvenil dos estudantes”. 

“Foi minha mãe que me ensinou a fazer esse sabão sustentável. Agora estou passando esse conhecimento para os alunos”, revela.

“Eu gosto da aula porque ajuda o meio ambiente. O que chama minha atenção é que ela ajuda a não poluir a água e cuidar do meio ambiente”, afirma André Brayan da Silva Andrade. Além de ajudar no desenvolvimento sustentável do planeta, o sabão é utilizado dentro da escola pelos funcionários e também pelas mães dos estudantes. “A minha mãe usa o sabão em casa para lavar talheres, roupas, entre outras coisas”, conta David Bezerra de Moura.

Ação Mozart Jovem

Os jovens gremistas do Ação Jovem Mozart têm papel fundamental no projeto. São eles quem auxiliam e ensinam os estudantes menores a fazer o sabão sustentável. Para o presidente do grupo, Thailson Baumstalk Oliveira, esse tipo de ação faz toda a diferença na vida dos alunos.

“Eu me sinto feliz ajudando o outro aluno, porque eles colocam em prática o que aprendem aqui e vão espalhando para a comunidade inteira, ajudando não só o meio ambiente, como também a cuidar da escola”, afirma.

“Estou na aula de sabão há um ano. Eu participo porque gosto de ajudar o próximo, trocar experiências com os alunos, enfim. Esse projeto também me ajudou a se preocupar mais com o meio ambiente, porque agora eu sei que não posso jogar o óleo no ralo. A gente reutiliza o produto”, conta a gremista Thais da Silva Barbosa.

Participação no Programa Nascentes

Inicialmente conhecido como Mata Ciliar, o Programa Nascentes é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que visa manter e recuperar as matas ciliares – vegetação localizada às margens de nascentes, rios, córregos, lagos e represas que protegem e limpam as águas.

Por conta das ações sustentáveis que realiza, a unidade escolar realizou a inscrição no programa esse ano. Além do projeto de sabão, a escola possui outros projetos que envolvem sustentabilidade. “São várias ações que ocorrem ao mesmo tempo aqui na escola. Reaproveitamento de materiais como o óleo, reutilização de restos alimentares, como as cascas das frutas, que utilizamos para fazer outras receitas, e também o plantio de alimentos”, afirma Aparecido Denilson Pereira, diretor da escola.