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quinta-feira, 19/07/2007
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Alunos da rede estadual estão entre os finalistas do Concurso Cientistas de Amanhã

Duas alunas da rede estadual de ensino de São Paulo representaram os grupos dos quais fazem parte durante a festa de premiação da 50ª edição do Concurso Cientistas de Amanhã […]

Duas alunas da rede estadual de ensino de São Paulo representaram os grupos dos quais fazem parte durante a festa de premiação da 50ª edição do Concurso Cientistas de Amanhã , em Belém, no Pará, na última semana. Pamela Michele Dantas de Souza, de 17 anos, aluna da escola Murtinho Nobre , e Thais Soares Neves, de 12 anos, da escola Francisco Voccio , da Capital, foram escolhidas pelos colegas para irem até a região norte do País participar da cerimônia que concedeu a menção honrosa às escolas paulistas.

A equipe da escola Murtinho Nobre , da DE Centro Sul, representada por Pamela Michele, é formada ainda pelos alunos Denise Souza, Duílio Souza, Gisele Scrivano e Patrícia Scatigno, orientados pela professora de ciências Maria Regina Martins Minura. “Foi uma satisfação para todos nós. Tanto é que os alunos estão dispostos a fazer outros projetos, motivados pela vitória, para ter um contato mais interessante com a ciência mais interessante”, explicou a orientada do grupo.

Os projetos

Tudo começou quando os alunos da escola Murtinho Nobre resolveram descobrir a relação entre a acidez da saliva e a dieta alimentar. Pela internet, descobriram que o líquido presente na boca poderia indicar a incidência de cárie. O próximo seguinte foi colher amostras de saliva dos alunos da quinta série da escola, e partir para o trabalho de pesquisa, fora do horário normal de aula, entre março e junho. Foi quando descobriram que, quanto maior a acidez (ph) da saliva, maior a chance de desenvolver a cárie.

Já o projeto desenvolvido pelos alunos da escola Francisco Voccio teve como tema a abordagem ecossistêmica como instrumento para o planejamento e a valorização das florestas urbanas. Na cerimônia de premiação, o grupo de alunos pesquisadores foi representado por Thais.

Novas descobertas

Recém chegada de Belém do Pará, onde recebeu o prêmio, Pamela ainda está eufórica com a vitória. “Curti muito fazer o trabalho. Aprendi até a mexer no computador e apresentar os resultados da pesquisa para as crianças da quinta série da escola. Lá no concurso, tive contato com alunos de diferentes lugares, como os moradores de zonas rurais. E com diversas maneiras de falar sobre ciência, assim como as coisas diferentes que conheci em Belém do Pará”, contou a menina.

Sobre o concurso

Desde a primeira edição, O Cientistas de Amanhã tem influenciado várias gerações de jovens e contribuído para difundir o interesse pelo conhecimento científico junto aos estudantes brasileiros. Entre os ganhadores do concurso estão trabalhos realizados por estudantes que, hoje, são importantes pesquisadores, muitos dos quais já tiveram a oportunidade de afirmar o papel fundamental que o concurso teve na definição de suas carreiras científicas.

A existência deste Concurso, fruto da dedicação de inúmeros professores, estudantes, pesquisadores e representantes da sociedade civil e do governo, é uma evidência de que o ideal democrático da construção de um saber coletivo e ao qual todos possam ter acesso – ideal que deu origem ao concurso – permanece vivo na sociedade brasileira.

Os problemas a serem enfrentados para a consecução deste objetivo, que passa pela preparação do jovem estudante para a construção e a compreensão do conhecimento científico, são de grande importância e exigem, para a sua superação, a colaboração de diversos setores interessados na realização de uma sociedade mais igualitária.

A intenção original do Concurso Cientistas de Amanhã , de revelar talentos científicos nos ensinos fundamental e médio brasileiros, traz consigo esta outra, de permitir a ação conjunta de atores sociais que, de outra maneira, poderiam ter impedidos seus canais de comunicação.

Pesquisadores se reúnem com professores e estudantes e encontram, por meio deste concurso, uma oportunidade de diálogo e de convivência. Assim, ele representa o sentido maior da criação do IBECC. Precisamos associar aos trabalhos da Unesco, e à realização de seus objetivos, os principais grupos nacionais que se interessam pelos problemas da educação, da pesquisa científica e da cultura”, explicou a presidente do IBECC/São Paulo e coordenadora do Concurso, Eda Terezinha de Oliveira Tassara.

Celso Bandarra