Durante as férias escolares, também é importante separar um tempinho para cuidar da saúde. Nessa época, algumas doenças são mais frequentes no país e prevenir-se delas é melhor forma para aproveitar e curtir bastante as últimas semanas de folga antes do ano letivo começar.
A febre amarela, por exemplo, colocou grande parte da população em alerta recentemente. A doença é transmitida através da picada de um mosquito em regiões de mata. Quando infectada, a pessoa apresenta um quadro sintomático muito inespecífico, como febre, dores de cabeça e dores no corpo.
No Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, a rede pública de saúde disponibiliza vacinas gratuitas contra a doença. Por isso, quem ainda não se imunizou, é importante que procure o posto de saúde mais próximo.
Ela é recomendada a todos os paulistas, sobretudo, aos que moram ou desejam visitar áreas com vegetação densa, como matas e cachoeiras.
“Aos que tomarem a vacina em período inferior a dez dias a viagens com esse perfil, recomendamos que evitem adentrar áreas verdes e usem repelentes e roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção”, afirma a diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato.
Para Regiane de Paula, coordenadora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, é necessário ampliar o canal de comunicação com os cidadãos paulistas para que todos se conscientizem e tomem a vacina. “É um trabalho importante para alertar e informar a população”, completa.
Vacinação
Desde a década de 1930, a vacina é a maneira mais eficaz para se prevenir contra a doença. O esquema vacinal para a dose padrão é composto por dose única.
“Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde indicam que uma dose da vacina contra a febre amarela é suficiente para a vida toda”, explica Marcos Boulos, infectologista e o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde.
Vale ressaltar que o composto é seguro e não gera nenhum risco à saúde do cidadão. Respeitando os critérios de vacinação, não há motivos para se preocupar.
A advogada Patrícia Nascimento viajou recentemente para o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), no sul do Estado, e conta que tomou a vacina um mês antes. “Como ia para um lugar de mata bastante fechada, fui ao posto de saúde do meu bairro para me imunizar. Foi super rápido e não doeu nada”, conta.
A vacina é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade. Devem consultar o médico sobre a necessidade da imunização os pacientes portadores de HIV positivo e transplantados. Não há indicação de imunização para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de idade e imunodeprimidos como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide).