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sexta-feira, 16/04/2021
Notícia

Dia Nacional do Livro Infantil: Mesmo durante a pandemia, escolas estaduais mantêm crianças interessadas na leitura

Coordenadoria Pedagógica da Secretaria da Educação do Estado dá dicas de livros e atividades para a data

Instituído em 2002, o Dia Nacional do Livro Infantil é celebrado em 18 de abril. A data, escolhida para homenagear o aniversário do escritor Monteiro Lobato, nascido em 1882, é uma oportunidade de reforçar a rotina literária nas escolas, dentro das turmas regulares, nas salas de leitura ou até mesmo nos clubes juvenis. Trata-se de um instrumento de formação, além proporcionar prazer com base na leitura e na prática da escrita.

Diretamente ligada à leitura está a alfabetização, que tem sido um dos maiores desafios da educação durante a pandemia. Encarando esta situação de frente e não deixando nenhum aluno para trás, as escolas estaduais de São Paulo têm se dedicado ao tema usando livros infantis como aliados.

Um dos métodos é a Maleta Viajante, onde os alunos levam os livros para casa e desenvolvem a leitura junto aos familiares. A Escola Estadual Professor Alvino Bittencourt, da diretoria Leste 5 da Capital, é um exemplo. Na unidade, a maleta, além do livro, conta com um caderno para registro da leitura (de forma escrita e/ou ilustrada) e um espaço com cinco opções de carinhas (emojis), onde o aluno pode escolher a que representa o seu sentimento durante a leitura, trabalhando, assim, as competências socioemocionais do pequeno leitor.

Já na Escola Estadual Brasilio Machado, da diretoria de ensino Centro Oeste, sempre às terças-feiras, os estudantes são incentivados a realizarem leituras em voz alta, seja de uma história, conto, poema ou outra forma de escrita. A proposta faz parte do programa “Ler e Escrever”, da Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP). O objetivo é desenvolver o comportamento leitor e a fluência leitora dos alunos. Nesta semana, em especial, cada aluno escolheu um livro e enviou uma foto com o exemplar e o áudio da leitura realizada em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil.

Abaixo, apresentamos outras sugestões de atividades e práticas didáticas preparadas pela Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Seduc-SP:

•      Releitura da obra ou trechos selecionados: Fazendo uso dos recursos da linguagem não-verbal e da linguagem verbal, por meio da criação de histórias em quadrinhos;

•      Desvendando o Gênero: Por meio das práticas de rodas de conversa e leitura compartilhada, os alunos trocam impressões sobre a leitura, com o recurso de questões norteadoras, pistas e desafios que trabalhem elementos da disposição da capa do livro como o uso de imagens e cores, recursos linguísticos e elementos de narrativa. Ao final, o professor poderá propor a criação de desafios ou fichas e jogos literários;

•      Roda de contação de história com o tema: “quem conta um conto acrescenta um ponto”: Trabalhando a arte da contação de histórias e a reescrita criativa, propõe a criação de finais alternativos para as histórias selecionadas. Ao final, as narrativas podem ser compiladas em formato de vídeos ou podcasts;

•      Representação em ação: Trabalhando a livre expressão, sugere uma leitura dramática com uso dos recursos linguísticos, práticas da oralidade por meios de estratégias de leitura, compreensão e fluência leitura. Pode trabalhar com a realização de peças teatrais, teatro de sombras, fantoches, dedoches, entre outros itens.

A Coped também separou algumas dicas de leituras infantis opcionais. Veja:

● Amoras, Emicida. É o primeiro trabalho do autor dedicado à Literatura Infantil, inspirado na música “Amoras” que compôs para a filha. Em “Amoras”, Emicida conta a história de uma garotinha que reconhece sua identidade a partir de uma conversa com o pai, debaixo de uma árvore de amoreira. Com referências à cultura e à resistência negra, o livro aborda, de forma delicada, a representatividade e negritude com as crianças.

● O pequeno Nicolau, escrito por René Gosinny e ilustrado por Jean Jacques Sempé. Conta as aventuras e desventuras do adorável Nicolau em meio a todos os dramas e situações cômicas que envolvem a vida de garotos em todo o mundo. A escola, os amigos, os pais e as divertidas brincadeiras que são o pano de fundo de uma narrativa envolvente e significativa para entender esse universo tão especial que são as crianças.

● O grande Rabanete, escrito por Tatiana Belinky e ilustrado por Silvana Rando. De forma divertida e irreverente, a autora apresenta aspectos das relações humanas, como solidariedade, trabalho em equipe, divisão de tarefas e ajuda mútua, onde todos os personagens unem forças para ajudar o vovô, que está na horta tentando tirar da terra um enorme e teimoso rabanete. Uma tarefa irrealizável para uma só pessoa, mas torna-se possível com a colaboração de todos.

● Os Bichos que tive (memória zoológica), escrito por Sylvia Orthof e ilustrado por Gê Orthof. Ao recordar a infância, a autora relata alegrias, problemas, desafios e muitas aventuras e surpresas na convivência diária com alguns “bichinhos”. Até mesmo um ser imaginário, o bicho-papão, ganha uma história só para ele.