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segunda-feira, 03/02/2020
Destaque

Em São Paulo, escola conhece nova rotina com o Ensino Integral

Localizada perto de Guarulhos, Escola Estadual Dom Miguel Kruse faz parte das 247 unidades que aderiram ao ensino integral em 2020

Os estudantes que retornaram das aulas nesta segunda-feira (03) na Escola Estadual Miguel Kruse Dom, perto de Guarulhos, vivenciaram todas as emoções e incertezas do primeiro dia de aula. Quem são os novos colegas? Quem são os professores? Dentre as muitas dúvidas, ao menos uma certeza: eles ficariam lá até o fim da tarde, num novo formato de aula e de ensino na unidade.

A unidade é parte das 247 escolas que, a partir desse ano letivo, aderiram ao programa de Ensino Integral promovido pela Secretaria da Educação. Com elas, serão ao menos 664 escolas seguindo o modelo no estado, uma expansão nunca vista antes na história do estado.

“O tempo a mais que o aluno permanece na escola, com tutoria individualizada de professores, fortalece os vínculos de aprendizagem. Faz toda a diferença o regime de dedicação exclusiva de 40 horas semanais em uma única escola para o professor, melhorando a qualidade das condições de trabalho docente”, explica o secretário Rossieli Soares.

Para receber o Ensino Integral, a Escola Estadual Dom Miguel Kruse passou por uma espécie de processo seletivo, precisando mostrar critérios estabelecidos pela Educação para melhor adequar a modalidade, como ter mais de 12 salas de aulas e avaliação do grau de vulnerabilidade socioeconômica das comunidades atendidas pelas escolas.

No ensino integral, além da grade de matérias prevista pelo Inova Educação, os estudantes contam com uma rede de apoio para promover atividades educacionais que não estejam relacionadas apenas com a sala de aula.  Há clubes juvenis para que os alunos se auto-organizam de acordo com temas de interesse como dança, xadrez e debates, por exemplo.

Uma dessas atividades é o acolhimento, o recebimento de novos estudantes. Antes das aulas começarem na Escola Estadual Dom Miguel Kruse, todo mundo se reuniu no pátio da unidade para dar boas-vindas e deixar claro que aquele era um momento de amizade, aprendizagem e respeito.

“O acolhimento não tem hora nem local específico para acontecer. É uma postura que envolve duas vontades: a vontade de ser acolhido, que vem da infância, dos braços de mãe, e a vontade de acolher, de ouvir o outro, de mostrar o quanto ele é querido e acolhido”, explica Cristina Mabelini, coordenadora da EFAPE.

A mudança mais sensível para os estudantes talvez seja na carga horária – até nove horas e meia, contra cinco horas e quinze minutos na rede escolar. Na nova expansão, trinta e seis das 240 escolas contempladas vão funcionar em um formato com carga horária diferenciada de sete horas, atendendo a alunos que já trabalham.