Unidade escolar de Ensino Fundamental, a E.E. Brasílio Machado, localizada na zona oeste de São Paulo, é exemplo em inúmeras ações. No local, já aconteceram projetos artísticos, atividades de protagonismo juvenil dos alunos e também ações para socialização dos pequenos estudantes. Mas na última quarta-feira (2), os alunos vivenciaram uma atividade especial, importante para sua formação social e respeito ao próximo.
Primeiro, os estudantes puderam participar de uma roda de leitura, realizada na Sala de leitura da unidade de ensino, na qual Jo Pereira, mãe da pequena Maria Julia Silva Vieira, contou a história do livro “O cabelo de Lelê”, que faz o resgate da beleza do negro. “O livro fala de todas as tipologias de estética que têm dentro da negritude e, principalmente, das possibilidades de penteado do cabelo crespo, encaracolado, entre outros”, revela.
Em seguida, os alunos participaram de uma oficina de feitura de cabelos da cultura africana. O objetivo de toda a ação, realizada pela mãe junto com a equipe do projeto Cyberquilombo, que visa fomentar oportunidades de discussão, estudo e reflexão sobre a cultura afro no Brasil e no mundo, foi promover a sensibilização nos jovens acerca da importância de se prevenir o bullying e o preconceito, no geral, não só dentro das escolas, como em toda sociedade.
“Quando a Jo me procurou para poder realizar a atividade, eu prontamente aceitei, porque nós acreditamos que uma das formas de combater o bullying na escola é pela diversidade. A partir do momento que as crianças entendem que somos diferentes, vai surgir o respeito. E surgindo o respeito com o próximo, acaba qualquer forma de discriminação”, conta Simone Santoro Romano, diretora da escola.
Participaram da ação a professora Maria de Fátima e Samira Almeida, voluntária que faz mediação de leitura na escola. “A oficina culminou com o trabalho que já realizamos na sala de aula sobre diversidade”, conta Maria.
“Esses alunos estão em uma fase de formação da personalidade, de começar a lidar uns com os outros. Então é natural que eles percebam as diferenças entre si. E acredito que podemos mostrar a eles, ainda na idade de aprendizado, que a diversidade é positiva”, afirma Samira.
Chega de Bullying: Não Fique Calado
Atuar na prevenção do bullying e de qualquer forma de preconceito é uma das prioridades da Secretaria da Educação. Por meio da campanha Chega de Bullying: Não Fique Calado, realizada desde 2011, a Educação incentiva as mais de cinco mil escolas da rede estadual na adoção de práticas que lidem com este comportamento. Saiba mais aqui.
“A escola Brasílio Machado desenvolve inúmeras ações de prevenção ao bullying. Além da linha da diversidade, trabalhamos também a educação emocional dos estudantes”, finaliza Simone.