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segunda-feira, 07/05/2007
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Estudantes de ensino médio da rede estadual participam da feira de profissões e ouvem dicas sobre vestibular

A decisão sobre qual profissão escolher, situação que enche de dúvidas os alunos de ensino médio, parece ter ficado menos difícil para Marcos Pereira dos Santos, 16 anos, aluno do […]

A decisão sobre qual profissão escolher, situação que enche de dúvidas os alunos de ensino médio, parece ter ficado menos difícil para Marcos Pereira dos Santos, 16 anos, aluno do segundo ano do ensino da escola Fazenda do Carmo III , zona leste da Capital. “Não fazia idéia da profissão que quero seguir, mas agora já tenho três áreas de interesse: Design Editorial, Ciências Biológicas e Marketing”, explica.

As possibilidades profissionais que Marcos começa a imaginar para o futuro surgiram no último fim de semana, dias 5 e 6 de maio, quando ele e outros 467 estudantes de unidades estaduais da mesma fase escolar participaram da nona edição do Projeto Rumo , realizado pelo Rotary Club de São Paulo em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, Fundação dos Rotarianos de São Paulo, USP, Instituto Criança Cidadã e Faculdades Integradas Rio Branco.

A Secretaria da Educação foi representada pela professora Rose Louback, que reafirmou o compromisso da secretária Maria Lucia Vasconcelos em estabelecer novas parcerias com a iniciativa privada. “A meta é promover a participação efetiva de todos na área educacional, e fazer valer o artigo 205 da Constituição, que prevê não só a compromisso do Estado e da família como também da sociedade na formação escolar”, lembrou.

Orientações e futuro profissional

Após a abertura do evento, o prédio do Edifício Rotary, na Avenida Higienópolis, centro da Capital, se transformou em uma espécie da usina de idéias, orientações e esclarecimento de dúvidas sobre as mais diversas questões voltadas para o futuro profissional.

Espalhados por nove salas, os participantes do Projeto Rumo tiveram a chance de entrar em contato com profissionais experientes de cinqüenta e uma diferentes profissões. É a chance de tirar dúvidas, questionar, entender, descobrir o que realmente cada profissão tem a oferecer. “O nível de aprovação, medido por um questionário que todos respondem no final, chega a 90% de respostas que consideram o Rumo ótimo ou bom. Eles saem daqui agradecidos, e querem que o evento se repita mais vezes por ano”, revela o coordenador geral do Projeto Rumo, Altamiro Ribeiro Dias.

Ouvir para aprender

Durante a palestra sobre Empreendedorismo , conduzida de forma interativa e bem-humorada por Marco Antonio Terlizzi, os estudantes aprenderam a importância do Ciclo de Auto-desenvolvimento , formado por cinco pontos principais: Atitude (querer fazer); Conhecimento (saber); Prática (fazer) e Habilidade (saber fazer). Segundo Terlizzi, só é possível ter competência com a existência de todos estes fatores. E ele citou como o maior exemplo de habilidade atual o domínio do inglês.

Fuvest

Outra palestra que atraiu bastante atenção dos estudantes foi a do professor do Instituto de Química da USP, Mauro Bertott, que traçou um painel detalhado sobre as chances dos alunos de escolas públicas ingressarem nos tão sonhados cursos de instituições como a Universidade de São Paulo, que reúne atualmente 45.946 alunos de graduação.

De acordo com o químico, o perfil de quem pretende ingressar na USP reúne características como saber se expressar com clareza e desenvoltura, ser criativo, ter visão crítica, e competência na identificação de soluções para resolver problemas sociais. “Também é fundamental estar atento ao nível de procura do curso que você escolher e o número de vagas disponíveis. Só assim será possível saber que tipo de dificuldade terá de ser superada”, ensinou.

A boa notícia para os candidatos à Fuvest que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas é o acréscimo de 3% na nota final, o que significa um ganho de 18 pontos do total de seiscentos, total da prova. Outra dica dada por Mauro Bertott é investir na preparação: estudar muito, traçar objetivos e estar pronto para enfrentar a concorrência. “A idéia é virar o jogo, uma vez que, atualmente, 70% das vagas ainda são preenchidas por alunos vindos de escolas particulares”, revelou o professor do Instituto de Química da USP.

Pensando no futuro

Renata Pereira da Luz, 14 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio da escola Tenente Ariston de Oliveira , zona sul da Capital, tem até 2009 para decidir que profissão escolher. Mas ela acredita que a escolha da carreira deve começar desde já, motivo pelo qual se interessou por cada experiência vivida durante os dois dias em que participou do Projeto Rumo . “Fiquei sabendo mais sobre a USP, a importância do Enem e como são as provas da Fuvest. Já sei que é preciso estudar, e muito. E o fato de saber que o aluno de escolha pública precisa se preparar com mais intensidade só me estimula a investir no meu futuro para superar os desafios”, diz Renata.

Celso Bandarra