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sexta-feira, 08/07/2005
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Grupo de teatro de escola estadual se apresenta em biblioteca na Lapa

“Mundo, mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução. Mundo, mundo, vasto mundo, mais vasto é meu coração”. Com trechos de poemas de […]

“Mundo, mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução. Mundo, mundo, vasto mundo, mais vasto é meu coração”. Com trechos de poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, música e coreografia, o grupo de teatro da Escola Estadual Maria Eugênia Martins fez uma apresentação na tarde da última quinta-feira, 7 de julho, na Biblioteca Cecília Meirelles, na Lapa.

O grupo de teatro é fruto de uma parceria da escola, que fica no bairro do Jaguaré, com o Projeto Eduardo Marliére, do laboratório Roche. O projeto leva música e arte para mais de 400 crianças de quatro escolas públicas do Jaguaré. A idéia é usar a arte como instrumento de desenvolvimento do indivíduo e de sua comunidade.

 

 

 

 

 

“Nosso objetivo não é formar artistas profissionais, mas transformar os alunos por meio da arte”, diz o diretor e professor do grupo, Tadashi Kawano. “É emocionante ver como elas se transformam no decorrer das aulas. Ficam mais equilibradas emocionalmente e conseguem se relacionar melhor e trabalhar em equipe”.

Os ensaios do grupo, composto por meninas, entre 13 e 16 anos, acontecem todas às sextas-feiras na escola, das 15h30 às 17h. Outra turma, com alunos de 8 a 11 anos ensaia das 14h às 15h30. Nos ensaios as alunas fazem alongamento, dinâmicas de grupo e montam cenas de peças teatrais.

 

 

 

 

 

Depois de receberem os aplausos dos freqüentadores da biblioteca, as meninas contaram que as aulas de teatro trazem muitos benefícios. Mais desinibidas, elas conseguem expressar seus sentimentos com mais facilidade e passam a ser mais atuantes na escola. Fabiana de Souza Magalhães, 14 anos da idade, está na 7ª série e participa do grupo desde 2002. “O teatro te ajuda a perder a timidez e a se relacionar melhor com os colegas”, diz Fabiana. “Depois que entrei para o grupo, passei a me interessar mais pela leitura”, acrescenta Amanda de Souza, de 13 anos de idade, também na 7ª série.

Para a diretora da escola, Mariângela Fugi, atividades como essa complementam o trabalho diário da escola. “Além de resgatar a auto-estima dos alunos, o teatro desperta o interesse deles pelo conhecimento.”