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segunda-feira, 17/02/2003
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HTPC ajuda a construir trabalho pedagógico

Até pouco tempo os horários disponíveis aos professores para as reflexões sobre as práticas pedagógicas estavam restritos aos momentos de planejamento no início do período letivo, nas reuniões bimestrais de […]

Até pouco tempo os horários disponíveis aos professores para as reflexões sobre as práticas pedagógicas estavam restritos aos momentos de planejamento no início do período letivo, nas reuniões bimestrais de conselho de classe, nas reuniões de pais e mestres e em alguns encontros nos corredores da escola.

Em 1996 a Secretaria Estadual de Educação resolveu criar uma portaria sobre as atividades de trabalho coletivo nas escolas da rede estadual de ensino. Desde então, foram garantidas duas horas semanais, num total de dez horas de trabalho pedagógico coletivo, para que a equipe pedagógica pudesse discutir todas as ações desenvolvidas na escola.

A finalidade desses encontros é articular os diversos segmentos da escola para a construção e implementação do seu trabalho pedagógico, visando o fortalecimento da unidade escolar e ajudando no replanejamento e avaliação das atividades desenvolvidas em sala de aula.

A criação desse horário foi possível graças à reorganização da rede estadual, que permitiu instituir um espaço de reflexão coletiva, voltado para a especificidade dos problemas de desenvolvimento e aprendizagem, em cada ciclo específico de estudos, ou seja, simplificar a gestão escolar.

A própria legislação enfatiza a necessidade do trabalho coletivo como instrumento fundamental para o avanço teórico e seu conseqüente aperfeiçoamento na prática.

Para que as reuniões possam cumprir seu objetivo, é necessário que sejam estabelecidos critérios para sua organização. Elas podem ser feitas por séries ou por disciplinas, mas os horários devem ser estabelecidos sempre em função da participação do maior número de professores.

Os temas a serem debatidos são variados, podendo partir da implementação de ações diversas, visando à melhoria da qualidade de ensino; busca de alternativas para a redução dos índices de evasão; problemas específicos da comunidade escolar; análise de textos pedagógicos; troca de experiências entre docentes, desde que seja sempre um espaço de reflexão coletiva, onde se discuta também a importância de se valorizar as relações humanas no ambiente escolar, implementando trabalhos ligados ao desenvolvimento da convivência social.

Ao elaborar as reuniões de planejamento, já em 2002, a equipe pedagógica da EE Wilfredo Pinheiro, no bairro de São Matheus, zona leste da capital, ressaltava: “a escola é, antes de tudo, um lugar de socialização, onde a criança e o jovem aprendem a viver e a desenvolver-se no seio de uma coletividade, que tem como função fundamental favorecer sua inserção social e profissional”. Para que isso sempre ocorra, é necessário que as discussões realizadas resultem em propostas de ações.