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quinta-feira, 29/09/2005
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O mundo mágico do circo para 2.200 mil crianças no Parque Hopi-Hari

Parecia um comando geral: ninguém pisca, ninguém respira, porque o espetáculo vai começar! E 2.200 crianças, de 27 instituições ligadas ao Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo, renderam-se […]

Parecia um comando geral: ninguém pisca, ninguém respira, porque o espetáculo vai começar! E 2.200 crianças, de 27 instituições ligadas ao Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo, renderam-se ao mundo mágico do circo, nesta quarta-feira, 28, durante a visita que fizeram ao Grande Circo Popular do Brasil, no Parque Hopi-Hari, no município de Vinhedo.

O evento, que este ano tem como tema a criança, faz parte das atividades que vêm sendo realizadas dentro da quarta edição da Semana da Solidariedade, que termina dia 30 de setembro, e contou com a presença do secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, da presidente do Fundo de Solidariedade, Lu Alckmin, do secretário de Estado da Juventude, Esportes e Lazer, Lars Grael, do presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, e da presidente do Fundo de Solidariedade de Vinhedo, Sílvia Regina Torres Donato.

No centro do picadeiro, o ator Marcos Frota abriu o espetáculo Elementos e falou do trabalho que vem desenvolvendo com a Universidade Livre do Circo, com a proposta de atender crianças e adolescentes em situação de risco, na faixa etária dos 7 aos 21 anos. Ciente de que é preciso preparar a criança carente para o mundo, Marcos Frota faz do Unicirco mais que uma escola de circo, um espaço onde meninos e meninas recebem formação completa sobre ética e cidadania, estudam História do Homem e das Civilizações, História da Arte, Ecologia e Espiritualidade.

Pela primeira vez

O resultado de todo esse trabalho podia ser visto nos movimentos e acrobacias de malabaristas, trapezistas, palhaços e bailarinos, encantando aos pequenos de todas as idades que no Parque Hopi-Hari viveram um dia de grandes emoções e descobertas. Uma tradução dos efeitos do espetáculo naquelas crianças veio de Mauro Henrique Cordeiro Leite, 12 anos, do Lar Escola Pequeno Leão. Quando perguntado sobre o que mais estava gostando no circo, ele não teve dúvida: “tudo!”, respondeu, sem desviar os olhos do mundo que se descortinava à sua frente e que ele via, conforme confessou, pela primeira vez.

Quem nada enxerga também teve seu momento de brilho na tarde de espetáculo. Meninas adolescentes deficientes visuais, formando o primeiro grupo profissional de dança do Unicirco, fizeram uma apresentação emocionante. Preparadas pela professora Fernanda Bianchini, mostraram que não existe barreira quando se tem um propósito e o apoio solidário da comunidade.

Essa participação solidária foi invocada pelo secretário Gabriel Chalita, ao falar do contentamento que sentia ao ver que “pequenos gestos fazem pessoas felizes”. Ao elogiar a comunhão de esforços que permitiu a mais de duas mil crianças um dia de alegria, Chalita ressaltou que “a vida é um dom precioso de Deus e ela se torna ainda mais valiosa quando a gente pode criar momentos felizes como este, que nos levam a refletir e a agir em prol do ser humano. E todas as pessoas podem ter um gesto solidário, podem ser generosas dentro do espaço onde atuam”. O secretário Lars Grael, da Juventude e Lazer, enfatizou a importância da arte do circo como “oportunidade que os jovens têm de sonhar e de fazer do Brasil um país melhor”.

As crianças permaneceram no Parque Hopi-Hari das 10 às 17 horas, receberam alimentação e divertiram-se nos brinquedos disponíveis para elas. As atividades organizadas para a Semana da Solidariedade, aberta dia 23, no Palácio dos Bandeirantes, continuam com visitas de Lu Alckmin a várias entidades que atendem crianças carentes e portadoras de deficiências, em várias regiões da Capital.

Vera Souza Dantas

Fotos: Lércio Marmo