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quinta-feira, 01/04/2004
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Olimpíada provoca maratona de atividades em escola da Zona Leste

A escola estadual Jardim Iguatemi, zona leste da capital paulista, encontrou uma fórmula inovadora para atrair a atenção dos alunos para assuntos como arte, literatura, esportes e geopolítica. Na sexta-feira […]

A escola estadual Jardim Iguatemi, zona leste da capital paulista, encontrou uma fórmula inovadora para atrair a atenção dos alunos para assuntos como arte, literatura, esportes e geopolítica.

Na sexta-feira (2), será realizada a cerimônia de abertura do “Projeto Países”, na sede da instituição que, pelo terceiro ano consecutivo, está organizando seguidas atividades relacionadas a um dos temas acima.

O de 2004 pegou o gancho da Olimpíada de Atenas, a se iniciar em agosto. Todos os professores elaboraram atividades multidisciplinares para trazer aos alunos informações sobre 51 países que participarão do maior evento do esporte mundial.

Na ocasião, cada uma das 16 classes do Ensino Fundamental e do Médio desfilará com bandeiras padronizadas e entoando o hino de um dos países-participantes. Todos os detalhes foram obtidos por meio de pesquisas na Internet e junto a diversos consulados em São Paulo.

A idéia é fazer uma espécie de simulação da cerimônia de abertura oficial dos Jogos Olímpicos, aproximando os alunos da realidade de cada nação. Até o fim do ano está prevista uma “maratona” de eventos. Na semana santa, por exemplo, os alunos debaterão sobre a religião adotada em cada uma das nações estudadas.

Arte nas classes

O “Projeto Países” é uma continuidade de um amplo programa que a Escola vem organizando desde 2002, quando o tema em destaque foi a Arte. Em lugar de letras, cada uma das classes recebeu a denominação de um grande artista, ao qual direcionariam estudos sobre seu estilo e biografia.

Foram escolhidos nomes desde Cândido Portinari até Rafael, passando por outros gênios de distintas características, como Modigliani e Renoir. Os alunos assistiram ainda a apresentações do Ballet Stagium, na sede da escola, e compareceram a diversas peças teatrais.

No ano seguinte, o foco foi a literatura. As classes se incumbiram de ler obras, pesquisar a vida e o trabalho dos chamados grandes escritores, desde a literatura infantil, como Ruth Rocha e Ziraldo, para as classes mais novas, passando por Monteiro Lobato, Machado de Assis e chegando a Dante Alighieri.

Foram realizados concursos e exposições literárias. Por várias vezes, os componentes da escola – alunos e funcionários – pararam as atividades por um determinado tempo para, simultaneamente, ler o trecho de uma obra. “Escolhemos estes temas para nortear os trabalhos porque se relacionam à questões de sensibilidade. Os alunos precisam ser sensibilizados e acreditar que entramos em um novo momento pedagógico na Educação”, destacou a professora Suzy Rocha Ribeiro, diretora da escola.

Eugenio Goussinsky