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quinta-feira, 26/07/2018
Ensino Médio

Orçamento Participativo aproxima o aluno das decisões da escola

Lançado no começo de julho, projeto destinará verba aos Grêmios Estudantis de todas instituições de ensino paulistas

Alunos da rede estadual de ensino podem aprender desde cedo o funcionamento da democracia e a importância da responsabilidade. Por meio dos Grêmios Estudantis, a Secretaria de Estado da Educação incentiva entre os jovens o exercício da representatividade.

Em cada instituição de ensino paulista, um grupo de estudantes pode ser eleito com intuito de representar os demais quanto a implementações de projetos e tomadas de decisões dentro do ambiente escolar. A seleção, feita de maneira democrática, é uma forma de mostrar na prática o funcionamento desse sistema. Hoje, 95,2% das escolas do Estado já possuem equipes gremistas.

“Democracia não existe na teoria. Os Grêmios permitem que eles passem por esse processo e que compreendam para que e porquê existe um grupo que representa toda a escola”, explica Sonia Brancalion, membro da equipe responsável pelo Grêmio Estudantil da pasta.

Orçamento Participativo

No começo de julho, o Governo do Estado lançou um pacote de ações que tem como finalidade atender demandas da rede de ensino com investimento estimado em R$ 430 milhões. Um dos projetos envolvidos no anúncio é o Orçamento Participativo.

Com intuito de fazer os alunos se interessarem pelas resoluções de sua escola, a Secretaria criou a iniciativa a partir de solicitações de estudantes que participaram do Projeto Gestão Democrática.

A ideia, dessa forma, é fazer com que as 5.144 escolas recebam um valor de aproximadamente R$ 5 mil para realizar ações de melhoria à comunidade escolar. O investimento é repassado via Associação de Pais e Mestres de uma maneira menos burocrática e mais dinâmica.

“Exige muita responsabilidade dos grêmios, porque estão lidando com uma verba pública. Apesar de ser muito sério, temos que fazer esse processo ser mais fácil para que eles não percam o interesse. Assim, serão motivados e tomarão ótimas decisões para colaborar com a escola”, afirma a coordenadora do projeto, Raphaella Burti.

Com o valor em mãos a partir da primeira quinzena de setembro, os jovens terão que executar os projetos até o final de novembro. As escolas que não tiverem um grêmio formado podem ser organizar e selecionar uma comissão de representantes de salas para correspondê-las.

“Esse projeto pode conscientizar os alunos para que eles pensem o que fazer com esse dinheiro e ver onde ele se encaixa. Além disso, conseguimos dialogar com a escola e investir em coisas importantes”, ressalta Gabrielly Mistero G. de Oliveira, da Escola Estadual M.M.D.C..

É importante ressaltar que as 91 Diretorias de Ensino receberão um manual do que e como essa verba poderá ser empregada. Quem também enxerga a importância do projeto, sobretudo pelo fato da participação democrática, é o aluno da Escola Prof. Teruko Ueda Yamaguti, Daniel Felipe.

“A escola vai muito além do que passar de ano. Com esse projeto, conseguimos resgatar o que é ser estudante de verdade. Me preocupo com a sociedade que estamos criando, porque o futuro pertence àqueles que estão se formando hoje”, completa.