• Siga-nos em nossas redes sociais:
terça-feira, 13/04/2021
Notícia

Primeiro ano de Centro de Mídias SP: participações especiais

Bate-papos com estudantes e professores abordaram assuntos como carreira, Projeto de Vida e a pandemia. Bob Burnquist, Barbatuques, Mário Sérgio Cortella e Mauricio de Sousa são alguns dos entrevistados que já participaram da programação do CMSP

Neste mês de abril, o Centro de Mídias de São Paulo (CMSP) completa 1 ano. A plataforma foi desenvolvida em menos de um mês para que os estudantes da rede estadual pudessem acompanhar as aulas durante a pandemia. Além das aulas que constam na matriz curricular, o CMSP contou com momentos de conversa tanto para professores, como também para os estudantes, abordando assuntos diversos. Relembre como foi a participação de alguns convidados:

Campeões de audiência

Duas participações muito elogiadas pelos educadores foram as do historiador, professor e escritor Leandro Karnal e do filósofo, professor e doutor em educação Mário Sérgio Cortella.

Karnal falou sobre as mudanças da geradas pela pandemia, como a necessidade de se adaptar as tecnologias, e compartilhou com os professores da rede algumas técnicas para gravação de aulas e videoconferências que aprendeu.

O historiador também lembrou de épocas difíceis vividas por educadores do passado e como a sala de aula mudou com o passar do tempo. Karnal ainda falou sobre o componente Projeto de Vida e avaliou que esta aula não deve ser como de teste vocacional, mas como um auxílio ao protagonismo do indivíduo. “Projeto de Vida é saber quais são os valores que eu quero carregar para algum ponto, que claro, eu não sei ainda”, afirmou.

A semana de planejamento dos docentes contou com a participação de Mário Sérgio Cortella que fez reflexões sobre como seria o pós-pandemia. O filósofo falou sobre a lacuna do ambiente escolar na vida de todos. “Faz falta porque esse território (a escola) é um local de uma vivência no qual cabem muitas formas de ação, de convivência e, sem dúvida, de muitas formas de aprendizado”.

Cortella também relembrou de experiências vividas na rede estadual tanto na sua época de estudante e através de seu filho. Sobre a volta às aulas presenciais, avaliou que será possível retomar os conteúdos pedagógicos: “A nossa capacidade de docência permite que nós reordenemos os nossos modos de sermos educadores e educadoras na escola. Mas é necessário estar atento às perdas pessoais dos estudantes como desemprego, condição econômica, relações afetivas e, claro, de pessoas”.

Dos quadrinhos para o CMSP

Direto do mundo dos quadrinhos, Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica e Geraldo Borges, desenhista brasileiro da Marvel e DC, marcaram presença no CMSP.

Mauricio de Sousa participou de um bate-papo como o secretário Rossieli Soares, no qual falaram sobre Projeto de Vida e da utilização dos famosos gibis da coleção nas atividades escolares. Na ocasião, o quadrinista também apresentou parte de uma cartilha com os personagens da turma contendo informações sobre cuidados durante a pandemia. “Nos momentos de guerra, usamos os personagens como aliados,” afirmou.

Na participação de Geraldo Borges, ele contou um pouco sobre a sua trajetória e sobre seus projetos atuais. Ele deu uma aula especial para os estudantes com dicas de como desenhar um super-herói.

Em movimento

Representando quem não gosta de ficar parado, o skatista campeão internacional Bob Burnquist e o baterista e produtor musical Giba Alves do grupo Barbatuques também compareceram no CMSP.
Bob Burnquist falou com os estudantes da rede sobre a importância de comprometimento e estudos. Para exemplificar, ele contou uma história de quando não levou uma competição a sério e foi repreendido por seu pai e relembrou suas palavras: “Não me importa se você quer ou não quer competir, mas se você me faz sair lá de longe, não é para agir assim. Da próxima vez você fala que não quer e a gente vai fazer outra coisa”, narrou.

O skatista ainda contou que os professores eram essenciais para mantê-lo focado. Relembrou de dois professores, um deles o de matemática que, apesar de rígido, o influenciou a se dedicar à geometria, o que foi fundamental para sua carreira, já que hoje ele próprio projeta e constrói rampas de skate.

O grupo Barbatuques, fundado em 1995, deu origem a diferentes técnicas de percussão corporal, percussão vocal, sapateado e improvisação musical. Em suma, a proposta é fazer música a partir dos sons do corpo humano. Agora esta técnica é reproduzida por diversos professores em sala de aula, e faz grande sucesso entre estudantes e professores. Giba Alves, que é membro do grupo, esteve nos estúdios do CMSP onde ministrou uma aula exclusiva de como fazer de música com o corpo.