“Nós gostaríamos de incentivar outras escolas a plantar mais árvores”, conta o agente da organização escolar José Luis Portiolli. Tudo começou há alguns anos. Nos fundos da escola estadual Professor Alfredo Burkart, em São Caetano do Sul, município de São Paulo, havia adubo e muito espaço. Para aproveitar o terreno que não estava sendo utilizado, professores e funcionários tiveram a ideia de plantar árvores, algumas de outras regiões do País.
A partir daí, um grande trabalho de limpeza começou a ser realizado. “Eu e alguns professores fomos limpando, arrumando e plantando árvores. Neste sentido, os professores começaram a fazer hortas comunitárias. Pesquisamos sobre algumas espécies de árvores originárias da mata atlântica, trouxemos algumas mudas dessas árvores para a escola e começamos a plantar”, afirma José.
De lá para cá, foram plantadas cerca de 28 árvores na escola. Algumas já dão frutos, outras ainda estão em fase de crescimento. Entre os destaques, oito árvores nativas da mata atlântica, como Cabeludinha, planta muito utilizada em trabalhos de paisagismo de praças e jardins, e o Cambuci, planta que corre risco de extinção.
Além de preencher o espaço vazio da escola, o objetivo da ação foi incentivar outras escolas da rede estadual que possuem alguma parte de seu terreno vazio a reutilizarem esse espaço seja com o plantio de árvores ou para a realização de outras atividades.
E os alunos também participam. “Esse projeto é interessante porque os alunos costumam fazer trabalhos extracurriculares. Nessas atividades, alguns deles vão até a horta para conhecer e aprender tudo sobre as árvores”, afirma Marcos Antonio Gonçalves, vice-diretor da escola.