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quinta-feira, 17/03/2005
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PROFESSORES OUVEM HISTÓRIAS NO SEGUNDO DIA DE SEMINÁRIO

“Realizar é compreender em uma ação uma dada situação em grau suficiente para atingir os fins propostos. Compreender é conseguir dominar em pensamento as mesmas situações até poder resolver os […]

“Realizar é compreender em uma ação uma dada situação em grau suficiente para atingir os fins propostos. Compreender é conseguir dominar em pensamento as mesmas situações até poder resolver os problemas por ela levantados”.

A frase de Jean Piaget foi dita por Lino de Macedo nesta quarta-feira a tarde, dia 16, durante o Seminário Internacional de Leitura e Escrita. O escritor e professor da USP citou o educador francês ao falar sobre o tema “Realizar e Compreender”.

“Ainda há uma grande defasagem entre ler e escrever”, disse ele.

Já o tema da palestra de Ângela Kleiman, titular do Departamento de Lingüística Aplicada da UNICAMP, foi “Texto, gênero, compreensão, letramento: o que mudou no ensino da leitura”.

Para ela, a escola “é a mais importante instituição de letramento da nossa sociedade”. E o professor, segundo ela, deve ser o agente de letramento do aluno. Um mediador capaz de mobilizar, gerir os recursos da comunidade, e mudar o que não está bom. “Ensinar a ler é dar uma ferramenta para a vida. Isso é que fica”, concluiu Ângela.

ANTES DE CONTAR, PROFESSORES OUVIRAM

Em seguida, pouca teoria e muita história. A escritora e pesquisadora Heloísa Pietro levou os profissionais da educação que estavam na platéia para uma viagem por histórias infantis escritas por ela, algumas inspiradas em fábulas de várias partes do mundo. Antes da primeira história, a palestrante – que já foi professora – se mostrou solidária. “Vou contar histórias pra vocês porque nem sempre existe alguém disponível para ler histórias para os professores”. A frase arrancou aplausos de todos, que se deixaram levar pela competência com que Heloísa descrevia cada cena.

Ela também afirmou o quanto é importante estimular os alunos em sala de aula. “A narrativa é uma forma de pensar o mundo. A criança tem o poder natural de contar histórias. E quando a primeira é contada, outras vem à tona.”

Heloísa acredita que a literatura fornece um espaço de troca sem invadir a vida do outro. “Para saber ler a vida, a gente precisa saber a ler os livros”. Por fim, completou: “Livro pode ser uma ótima companhia. Algo que vai ficar com você por toda a vida”.

NO ÚLTIMO DIA, LEITURA E ESCRITA CONTINUAM EM DEBATE

Nesta quinta-feira, dia 17, a programação recomeça às 9 horas da manhã. Delia Lerner abre o último dia de Seminário para falar sobre a importância do conhecimento didático na formação dos professores. Durante a mesa redonda marcada para às 13h30, Ana Maria Kaufman fala sobre as contradições no ensino da leitura. Depois, Mirta Castedo conversa sobre pequenos leitores e grandes leituras.

E as perspectivas para a formação de professores serão discutidas na última palestra do Seminário, a partir das 16h30.

 

Celso Bandarra