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terça-feira, 04/11/2003
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Projeto “Escola vai ao Museu” coloca milhares de alunos em contato com a Pinacoteca

Cerca de 9 mil alunos do Ensino Médio da rede estadual paulista irão fazer, até a primeira semana de dezembro, visitas monitoradas à Pinacoteca do Estado de São Paulo, dentro […]

Cerca de 9 mil alunos do Ensino Médio da rede estadual paulista irão fazer, até a primeira semana de dezembro, visitas monitoradas à Pinacoteca do Estado de São Paulo, dentro do projeto “Escola vai ao Museu”.

Trata-se de uma ação ousada e inovadora, organizada em conjunto pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), órgãos da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

“Os idealizadores acertaram em cheio. Nunca se pensou em um projeto tão amplo que incluísse a arte, e ainda de forma gratuita”, observou a professora Maria Ângela Parisi, vice-diretora da E.E. Monsenhor João Batista de Carvalho.

A professora destacou ainda que os alunos precisam deste impulso na escola, pois dificilmente seus familiares têm condições financeiras para levá-los aos museus por conta própria. “É algo que tem de ser repetido, ampliado, pois os alunos voltaram maravilhados.”

A iniciativa, em andamento desde setembro, conta ainda com o programa Bem-vindo professor, que promove rotativamente cursos de atualização sobre o acervo da Pinacoteca, para professores do Ensino Médio.

Enquanto os alunos recebem a orientação de monitores, cerca de 300 educadores irão receber capacitação intensiva sobre como passar as informações mais importantes a respeito do acervo da Pinacoteca.

O curso tem também como objetivo facilitar o método de ensino na sala de aula, por meio do contato com as obras do museu. Estão sendo enfocadas basicamente obras da arte brasileira dos séculos XIX e XX.

O professor Antonio Soares da Silva, que leciona na E.E Monsenhor João Batista de Carvalho, mostrou muito entusiasmo com os resultados do curso, que para ele se encerrou no último dia 30.

Quando ele se reencontrou com a turma no dia seguinte, para dar aula, os alunos queriam analisar as obras que viram e insistiam em fazer leituras de composição de sucatas.

“A repercussão foi enorme. Como professor, entendi melhor o método de transformar o saber em arte, que para mim ficou mais expressiva, visível, transparente”, constatou o educador.  Fazem parte do projeto alunos das escolas pertencentes às Diretorias de Ensino Sul I e Sul II, totalizando 102 instituições, numa  média de 88 alunos por escola.

EUGENIO GOUSSINSKY