Nesta quarta-feira (18), o secretário da Educação Herman Voorwald destacou a importância da divisão por ciclos para o desenvolvimento dos alunos. A divisão é o foco da reorganização escolar, prevista para 2016.
“As ações públicas e pedagógicas funcionam muito melhor com o segmento único. Se tiver uma escola de 1º ao 5º ano ou exclusiva para o Ensino Médio, as ações são melhores. O resultado é melhor e temos esses indicadores. Não é o único indicador para melhorar a educação, mas é um indicador muito importante”, afirma o secretário da Educação, Herman Voorwald.
A reestruturação da rede estadual paulista atende a dois fatores: mudança demográfica no Estado, com um declínio de 2 milhões de alunos desde 1998, e à constatação de que escolas de segmento único, modelo a ser intensificado, têm um rendimento até 28% superior às demais. Com a reorganização, o Estado vai criar mais 754 escolas de ciclo único, focadas em uma única faixa etária. Assim, 2.197 escolas em todo o Estado (43% do total) passarão a funcionar neste modelo a partir de 2016. Também haverá a diminuição de 18% de escolas de dois segmentos, passando de 3.209 para 2.635. Com este processo, serão reabertas 2.956 classes ociosas.
O secretário ainda destacou que o padrão é adotado em escolas fora do país. “Se os bons sistemas internacionais trabalham desta maneira, por que um aluno da rede pública não pode estudar neste modelo? Qual o impeditivo para que esse aluno tenha direito a isso? Nossa responsabilidade é viabilizar”, afirma. “Temos que entender se nestas críticas há outros interesses envolvidos que não os interesses da educação. E é por isso que a Secretaria não se fecha a receber os alunos e as reivindicações”.
Melhor rendimento
Segundo o resultado do Idesp em 2014, as escolas de segmento único dos Anos Iniciais tiveram um rendimento 14,8% superior às demais; as escolas de segmento único dos Anos Finais, 15,2%; e as escolas de segmento único do Ensino Médio, 28,4% superior.
O estudo da Pasta foi discutido regionalmente, levando em consideração a realidade demográfica e especificidades de cada município. Os critérios para as mudanças incluíam o número máximo de alunos por sala e o deslocamento limite de 1,5 km da atual escola para a nova unidade. Ao todo, cerca de 300 mil alunos serão impactados pela reorganização das escolas.