Um balanço feito pela Educação mostrou que a rede estadual paulista entrega, em média, 13 diplomas a detentos por dia, todos matriculados no Programa de Educações das Prisões. O número é referente aos 2.640 formados ao longo do ano de 2014. Eles estudam em classes mantidas nas 151 unidades prisionais do Estado. A formação é resultado da parceria entre a Educação e a Secretaria de Administração Penitenciária.
Os alunos frequentam diariamente aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos ciclos I e II do Ensino Fundamental e Ensino Médio. O conteúdo adotado nas prisões é o mesmo oferecido aos estudantes das escolas regulares da rede estadual. Para isso, eles contam com mais de mil professores e material didático elaborado pela equipe curricular da Educação de disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Biologia e Física.
Para tornar o aprendizado mais dinâmico, a Educação oferece projetos como o realizado na Penitenciária Feminina do Butantã. Nesta unidade, o hábito da leitura e o estudo da língua portuguesa foram propostos por meio da releitura da obra “A hora da Estrela”, de Clarice Lispector. Os estudantes das penitenciárias também são incentivados a participar de olimpíadas de disciplinas e concursos, além de discutirem temas em salas de aula que contribuam com a reinserção social.
O perfil do docente selecionado para lecionar nessas unidades também merece destaque. A maioria tem experiência anterior no ensino de jovens e adultos e já participaram do programa desde o início, em 2013. A Educação ainda oferece seminários e cursos em parceria com universidades de capacitação aos professores que atuam no sistema prisional.
