Nesta sexta-feira (15) e sábado (16) a Educação inaugura quatro novas escolas indígenas. As unidades atendem mais de 60 crianças e jovens dos municípios de Miracatu e Iguape, no Vale do Ribeira. O ensino oferecido a essas comunidades é intercultural e bilíngue. O investimento foi cerca de R$ 3,3 milhões.
No ano passado, mais de 1,7 mil estudantes das etnias Guarani,Tupi-guarani, Terena, Kaingang e Krenak estavam matriculados na rede estadual. As unidades possuem salas de aula, secretaria, banheiros e espaço para alimentação.
Na educação escolar indígena, os alunos têm acesso a todas as disciplinas do currículo escolar. Parte das aulas, porém, são abordadas a partir de aspectos socioculturais e são ministradas por professores das próprias aldeias.
A Educação se preocupa também em garantir a valorização da cultura local. Por isso, os docentes utilizam em sala de aula um material de apoio produzido pelo Magistério Intercultural Superior Indígena da USP (Universidade de São Paulo). Todo o conteúdo é apresentado no idioma materno e na língua portuguesa. Na rede paulista são ao todo 40 escolas na capital, litoral norte, Baixada Santista, Penápolis, Bauru, Itararé e Tupã.
Contratação de professores
O ano letivo tem mais novidades para essas comunidades. A partir de agora, os professores poderão ter os contratos prorrogados por três anos, dois a mais do que ocorreria antes da nova legislação em vigor desde o fim de 2015. Além disso, para os professores indígenas o período obrigatório de afastamento pula de 180 para 30 dias. O mecanismo garante a continuidade do calendário escolar sem prejuízo aos alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.