• Siga-nos em nossas redes sociais:
sexta-feira, 20/03/2015
Boas Práticas

Professora revela talentos no handebol e forma time de jovens medalhistas da rede

Das quadras da escola saiu estudante que foi selecionado para seleção brasileira de handebol

Uma fila quase infinita de alunos observam atentamente cada passe do jogo de handebol do time de veteranos. Os olhos caminham com a bola e, juntos, os ingressantes no projeto de Handebol comemoram com empolgação os gols.

A partida acontece em uma das quadras da E.E. Professora Maristela Vieira, na cidade de São Bernardo do Campo. Cada equipe tem sete jogadores, sendo um goleiro, dois pontas, um armador, dois meias e um pivô. “O objetivo maior é fintar – driblar a defesa -, achar um espaço vazio e ir pro gol”, explica Carolina Sousa Brum.

Carolina treina há cinco anos e trouxe para a escola quatro medalhas, sendo três de ouro e uma de bronze. “Cada uma tem um significado muito grande, pois demonstra nossa união, o que foi essencial para a conquista”, diz a jovem atleta conhecida por ter um bom rendimento em todas as posições e ser a “coringa” do time.

Siga a Secretaria da Educação no Twitter e no Facebook

A professora de Educação Física Gisleine Mello, conhecida por todos como Gika, foi quem descobriu a habilidade da aluna dentro das quatro linhas. Ela é idealizadora do projeto que busca desenvolver o potencial dos alunos e mostrar a eles o quanto são capazes.

A lapidação dos talentos é rigorosa. Os treinos acontecem três vezes por semana e têm duração de duas horas e meia. Quando as competições se aproximam, o ritmo acelera e, durante o recesso escolar do meio do ano, eles se encontram durante 15 dias para não perder o condicionamento físico.

Ao longo dos doze anos de projeto, já passaram pelas mãos da treinadora cerca de 900 alunos que conquistaram mais de 100 medalhas entre o primeiro, segundo e terceiro lugar no pódio. Em 2015, Gika é responsável por 80 alunos divididos em cinco equipes. Participam alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e todas as séries do Ensino Médio.

A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) é parceira da escola e envia com frequência jogadores da seleção brasileira da modalidade para conversar com os alunos e estimular sua paixão pelo esporte. Em janeiro deste ano, Gika foi surpreendida por um convite da CBHb. “Fui selecionada para assistir ao Mundial de Handebol Masculino no Catar, pois eles reconhecem que estamos fazendo futuros campeões”. 

gika_600


Seleção brasileira

Matheus Rocha é um dos espelhos para todos os atletas ingressantes. Em 2013, depois do time de handebol da escola vencer os Jogos Escolares do Estado de São Paulo e ficar na terceira colocação da etapa nacional da competição, sediada em Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, ele foi convidado a compor a equipe da seleção brasileira de handebol sub-15, que disputou o Sul-Americano na Argentina.

“Quando você pisa na quadra e não ouve São Bernardo, não ouve São Paulo, você ouve Brasil, e se dá conta que está representando uma nação, você já entra com outro ânimo pra quadra. Você entra com o pensamento: vou defender a bandeira do meu país. Para mim, isso foi sensacional”.

Depois da experiência, Matheus foi convidado a jogar no time da cidade de São Caetano do Sul, na categoria sub-17.

Esporte na rede

Atletismo, badminton, capoeira, karatê, handebol, judô, luta olímpica, voleibol e rugby são algumas das 33 modalidades praticadas durante as aulas de Educação Física nas cinco mil escolas da rede estadual de ensino. Os treinos mais específicos dessas diversas modalidades são realizados no contraturno das aulas por meio do programa de Atividades Curriculares Desportivas (ACD), pelo qual podem ser atribuídas aos professores de Educação Física até três aulas por semana, tanto no Ensino Fundamental ou Ensino Médio, para desenvolvimento de projetos esportivos.

O educador físico interessado deve elaborar um plano de trabalho que será desenvolvido ao longo do ano letivo e apresentá-lo à direção da escola. Depois de aprovado pelo Conselho de Escola, o documento será encaminhado ao professor coordenador do núcleo pedagógico (PCNP) de Educação Física e ao supervisor de ensino da unidade escolar para análise e encaminhamento ao dirigente de ensino para homologação e, posteriormente, orientação e acompanhamento da evolução do projeto.

“Considerando que nossos jovens passam muitas horas do dia na escola e é na escola que eles têm a oportunidade de aprender e praticar esportes podemos concluir que as aulas de Educação Física e, especialmente, as aulas de ACD são de suma importância para sua educação esportiva e para sua educação global, sem contar que são inúmeros os talentos desportivos revelados na rede”, comenta Maria Elisa, membro da Equipe Curricular de Educação Física do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional (CEFAF).   

As aulda de ACD também preveem a atribuição para treinos de alunos com deficiência física, intelectual ou visual. Nos Jogos Escolares do Estado de São Paulo existem sete modalidades voltadas a este público: futebol paralímpico, bocha paralímpica, atletismo paralímpico, goalball paraolímpico, judô paralímpico, tênis de mesa paralímpico e voleibol paraolímpico.

– Consulte aqui a resolução sobre a ACD

20150318_esporterede01_ok_700

Esporte no Currículo

O ensino de práticas esportivas é obrigatório nas cinco mil escolas da rede. A base para o planejamento das aulas é o Currículo do Estado de São Paulo que estipula o conteúdo a ser trabalhado ao longo do ano letivo.

Jogos Escolares

Até esta sexta-feira (20) estarão abertas as inscrições para os Jogos Escolares do Estado de São Paulo 2015. A etapa estadual classifica as equipes para o nacional. A competição é aberta para estudantes da rede estadual, escolas municipais, particulares ou escolas técnicas estaduais e federais. Saiba mais